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Guadakan: espetáculo que celebra o bioma pantaneiro chega a Cascavel

Apresentação gratuita acontece nesta quarta-feira (18) no Teatro Municipal Sefrin Filho


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Apresentação gratuita da Cia de Dança do Pantanal e Orquestra de Câmara do Pantanal acontece nesta quarta-feira (18) no Teatro Municipal Sefrin Filho, celebrando a riqueza cultural e natural do bioma pantaneiro, trazendo um alerta aos incêndios que atingem o país.

A cidade de Cascavel será palco de uma experiência cultural e ambiental única na próxima quarta-feira, 18 de setembro, às 19h30, no Teatro Municipal Sefrin Filho. O espetáculo Guadakan, executado pela Cia de Dança do Pantanal em parceria com integrantes da Orquestra de Câmara do Pantanal, promete encantar o público com uma fusão de dança contemporânea e música, enquanto destaca a importância da preservação do bioma pantaneiro.

Realizado gratuitamente e fruto de uma das ações do Moinho Cultural apoiadas via Lei de Incentivo à Cultura, o espetáculo é uma oportunidade rara de vivenciar arte e reflexão em um só evento. A iniciativa, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, além do patrocínio da BTG Pactual, LHG Mining, Suzano, Too Seguros e RealH, tem como objetivo ampliar o acesso à cultura e democratizar a arte, levando ao público uma obra que reverbera o grito urgente pela preservação do Pantanal, um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil.

Mito e Sustentabilidade: A Trama de Guadakan

O espetáculo Guadakan nasce inspirado em um mito da etnia indígena Guató, povo tradicionalmente estabelecido na fronteira do Brasil com a Bolívia. A narrativa resgata a relação espiritual e simbólica dos Guató com o Pantanal, em que seres divinos e não humanos, os verdadeiros donos da terra, devem ser respeitados. Quando essas entidades são negligenciadas, as consequências para o equilíbrio ambiental são severas.

A peça, com forte carga simbólica, dialoga diretamente com os desafios atuais que a humanidade enfrenta, como as mudanças climáticas e o aquecimento global. Os 17 milhões de animais vertebrados que sucumbiram aos incêndios no Pantanal, apenas no ano de 2020, representam o pano de fundo trágico para a obra. No mito, Guadakan, o espírito protetor do Pantanal, é morto por um menino, simbolizando o impacto destrutivo das ações humanas sobre o bioma. A metáfora serve de alerta: assim como no mito, a devastação do Pantanal é obra dos homens.

Segundo Márcia Rolon, diretora executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, que patrocina o espetáculo, a obra carrega uma mensagem global. "Estamos falando não só do nosso bioma, mas de uma questão que afeta o mundo todo. Não se trata apenas do Pantanal, mas de como as mudanças climáticas, as queimadas e o desrespeito à natureza estão impactando a vida em todo o planeta."

Dança e Música em Harmonia com a Natureza

A união entre a Cia de Dança do Pantanal e a Orquestra de Câmara do Pantanal cria um espetáculo estético e emocionalmente poderoso. Sob a regência do maestro Eduardo Martinelli, a trilha sonora ao vivo da Orquestra acompanha a coreografia contemporânea da companhia de dança, transportando o público para o coração do Pantanal. A sinergia entre os músicos e os dançarinos permite que a mensagem de urgência ecológica seja expressa com intensidade e beleza.

Essa parceria artística já percorreu diversas cidades do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e são Paulo atraindo mais de 5 mil espectadores e gerando ampla repercussão. Agora, em Cascavel, o público local poderá se deslumbrar com essa obra que une arte, cultura e meio ambiente.

Durante esta turnê, após evento em Cascavel, bailarinos e músicos se apresentam também em Foz do Iguaçu, com apoio da UNILA, e também em Assunção, no Paraguai.


Assessoria

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