Empresa acusada de desviar R$ 2,5 milhões de remédio de câncer terá que devolver dinheiro para o estado

A família da pequena Yasmin recebeu uma notícia animadora no processo de tratamento da criança com câncer. A Secretaria de Saúde do Paraná vai fazer a compra do medicamento que a garotinha, de 11 anos, precisa antes mesmo da conclusão de um inquérito policial que apura um possível golpe milionário.

Levando em consideração que Yasmin não pode esperar a conclusão das investigações sobre o desvio de R$ 2.482.742,98 para aquisição do medicamento chamado Danyelza, receitado para tratamento do neuroblastoma, um tipo raro de câncer, o Estado decidiu autorizar a liberação de um novo valor para que a criança receba o remédio o mais rápido possível. Um alívio para a família.

A decisão partiu da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que encaminhou novo cumprimento de ordem judicial à Secretaria Estadual de Saúde, orientando o atendimento da liminar concedida por meio da compra imediata do medicamento. Dentro da legalidade, pela emergência do caso, o Estado vai fazer a compra direta do medicamento, que deve levar em torno de 30 dias.

Em nota, a Procuradoria informou que a nova medida não afasta a busca de ressarcimento dos recursos públicos transferidos para a empresa que deveria ter entregue o medicamento, e o requerimento de medidas coercitivas contra os responsáveis. A PGE pede na Justiça o bloqueio da quantia de R$ 2.482.742,98 nas contas da empresa e que, na hipótese de descumprimento da determinação de devolução dos valores, a prisão dos sócios por uso irregular de dinheiro público e iminente risco a saúde da paciente.

De acordo com o procurador geral do Paraná, Luciano Borges, o Estado adquiriu o medicamento afim de evitar que o estado de saúde da menina se agrave.

A campanha online para ajudar Yasmim a comprar o medicamento será finalizada em quatro dias. Com a confirmação do Estado em garantir a medicação, o valor arrecadado, que passa de R$ 1,1 milhão, será revertido para o instituto que iniciou a ação na internet e que atende outras crianças com câncer e outras doenças raras.

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JC