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Instalação do terminal de cargas e concessão do Aeroporto à Infraero divide opiniões

Em Maringá, concessão à estatal não foi aceita pela prefeitura


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Proposta foi trazida ao público no Codesc (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável) com a sugestão da instalação de um terminal de cargas no Aeroporto de Cascavel. Uma ideia que ainda é um embrião e para um futuro incerto. 

Por trás delas, tem a proposta de que a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), do Governo Federal, assuma a gestão do Aeroporto de Cascavel. 

Desde 2015, Cascavel detém a outorga concedida pela Secretaria de Aviação Civil. Autorização de exploração é de 35 anos, ou seja, vai até 2050. Se a outorga for repassada à Infraero, o município perde o controle da operação, da estrutura e dos investimentos. 

Proposta que já foi feita em Maringá, cidade de porte parecido com o de Cascavel e com um aeroporto também em ascensão, mas por lá, a prefeitura recusou. 

A Infraero tem um histórico recente de transferência de outorgas e da gestão para a iniciativa privada dos aeroportos, dos quais ela era responsável. No Paraná aconteceu com o de Londrina, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais, que agora são administrados pela concessionária CCR.

A empresa pública tem buscado aeroportos regionais para assumir a gestão como, em Paranavaí, cidade de pouco mais de 90 mil habitantes e com aeroporto de baixa movimentação. A Infraero tem a outorga desde janeiro

Em Cascavel, que tem uma estrutura bem mais atrativa, de quase 400 mil passageiros ano, e que se banca, a proposta feita pela Infraero, segundo o poder executivo, é de R$ 100 milhões em investimentos

Sobre o risco de outorga ser devolvida, ou concedida à iniciativa privada, como Foz, Londrina e São José dos Pinhais, o poder executivo entende que o tem experiência de administração.

Ainda no paralelo com Maringá, a prefeitura não quis abrir mão da outorga, para não perder autonomia de investimentos e o poder de decisão do que é melhor à infraestrutura. 

Ricardo Barros, Secretário de Indústria e Comércio do Paraná e Deputado Federal de Maringá licenciado, lembra que no debate por lá, foram consideradas as vantagens e os riscos.

O terminal de cargas, que foi ventilado em Cascavel, é outro ponto em questão. Maringá, está há três anos buscando a implantação. E não é algo tão simples quanto parece, a estrutura alfandegada, pleiteada no noroeste do Paraná, tem muitas exigências a serem cumpridas e não é de fácil liberação pela receita federal.

ATUALIZAÇÃO

A Infraero foi procurada pela CATVE para detalhar a proposta de investimentos feitas a Cascavel mas não quis comentar o assunto. E também informou que não houve devolução de outorgas concedidas à Companhia e que o processo de concessão dos antigos aeroportos à iniciativa privada é uma decisão estratégica do Governo Federal. 

Redação Catve.com

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