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Há 15 dias, fumaça causada por incêndios no Parque de Ilha Grande toma conta de Guaíra

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é responsável pela gestão da unidade


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Foto: Prefeitura de Guaíra

A fumaça originada a partir de queimada controlada no Parque Nacional De Ilha Grande, em Guaíra, no oeste do Paraná, encobriu o céu e causou transtornos aos moradores na manhã desta quarta-feira (8). Os casos de doenças respiratórias aumentaram.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável pela gestão do parque. Os vereadores do município entraram em contato com o Consórcio Intermunicipal para Conservação do Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa).

O órgão informou que as queimas prescritas são de responsabilidade e competências do ICMBio. As responsabilidades do Coripa incluem apenas o apoio logístico e de educação ambiental, que conta com 13 brigadistas e 3 agentes de apoio, que monitoram o local durante todo o dia e noite, protegendo as áreas que devem ser preservadas.

Desse modo, o Poder Legislativo acionou o Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma solução mais adequada, que preserve tanto o Parque Nacional de Ilha Grande, quanto a saúde pública, a vida humana e animal e a economia local.

Um dos parágrafos destacados no ofício ao MPF, defende que a sadia qualidade de vida só pode ser alcançada com o meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e não poluído, citando que as ações realizadas pelo Instituto e seus agentes possivelmente estão fora de controle, incompatíveis com a ordem constitucional do patrimônio ambiental, e que não são adequadas para a referida unidade de conservação, localizada muito próxima de uma cidade.

"O Legislativo pede ainda a apuração do responsável por essas queimadas, visando não apenas conter os danos imediatos, mas também impedir aqueles que desrespeitam as leis ambientais e colocam em risco um patrimônio natural de valor inestimável", diz a Câmara de Vereadores.

O ICMBio defendeu que as queimadas prescritas são cuidadosamente planejadas para evitar impactos sobre a fauna, e que as ações de monitoramento estão sendo realizadas regularmente em diversas unidades de conservação.

O órgão explicou também, que a área a ser manejada com o fogo é de 3 mil hectares, menos de 4% do Parque, e que não houve indícios de mortalidade de animais, mas que a fumaça observada em Guaíra está mais densa devido à onda de calor não esperada neste período do ano.


Assessoria

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