Vistoria na UPA Veneza é deste mês de março, feita pela Defensoria Pública e também pelo Ministério Público. No relatório, vários problemas foram constatados no atendimento à população, neste momento de alta nos casos de dengue em Cascavel.
Conclusão é de que na unidade acontece grave situação de violação de direitos dos cascavelenses, a falta de recursos materiais e humanos gera reflexos na equipe médica, de enfermeiros e técnicos, que sofrem com a sobrecarga de trabalho, maior dificuldade em lidar com o público, frustração e pressão por rapidez no atendimento, fatores que expõem os profissionais a riscos de saúde e legais no cumprimento de seus deveres.
No dia da vistoria, 13 de março, 56 adultos e 28 crianças estavam internados. A Defensoria Pública registrou que a escala de funcionários para atender o volume de pacientes, era insuficiente. E que número o ideal de técnicos de enfermagem seria de 20, no dia havia oito técnicos de enfermagem e seis enfermeiros na escala.
A espera para ser atendido também era longa, segundo o defensor público, André Ferreira, foi registrado pessoas que ficaram até 10 horas na fila, em situação precária aguardando atendimento.
Outra situação grave apontada é a demora no transporte. Quando sai liberação do leito para internação da UPA para um hospital, o transporte do paciente demora cerca de 24 horas para ocorrer, com o leito liberado e aguardando ocupação no destino, tendo havido casos de perda de vaga pela demora no transporte.
A partir desse relatório, a Defensoria Pública notificou a Prefeitura de Cascavel e o caso será acompanhado. A secretaria de Saúde da cidade, informou que recebeu o documento nesta segunda-feira (25), e que será repassado aos departamentos responsáveis e assessoria jurídica. Somente após todo esse processo, haverá pronunciamento.
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