Trevo Cataratas: história construída por várias mãos

A história de Cascavel se mistura com a de uma encruzilhada que começou no Bairro Cascavel Velho. Mal sabiam os pioneiros que a maior delas estaria por vir décadas depois, em outro ponto da cidade, que atravessaria gerações e se chamaria Trevo Cataratas, unindo três importantes rodovias do Estado: BR-277, 369 e 467.

Para a região, um verdadeiro nó, atraso para o tráfego; economia; para a vida de quem passa por aqui.

Em meados da década de 1990, quando Dercio Galafassi era presidente da Acic, surgiram os primeiros olhares de que o Trevo Cataratas seria um grande problema futuro, e surgiram também os primeiros discursos que se repetiria pelas próximas décadas: era necessário um projeto.

E assim começou uma corrente, que por pelo menos 30 anos, foi ganhado força até ser concretizada por várias mãos.

Então surgiu o contrato de pedágio, e o que poderia ser a grande possibilidade de investimento, dado o retorno em infraestrutura que se esperava das concessionárias, ficou só no sonho mesmo. A grande reforma do Trevo ficou fora do contrato do pedágio e dos planos de uma grande reestruturação.

Congestionado, quase sem saída, em 2008 a concessionária decidiu instalar os polêmicos semáforos inteligentes. O paliativo para fazer o trânsito fluir. Neste período, mais uma vez, as entidades entraram em cena para cobrar melhorias.

Pegar o carro e atravessar o trevo Cataratas era um verdadeiro exercício de paciência. A travessia se tornou um gatilho para sentimentos, como de vergonha frente a todo esforço de entidades e ao caos instalado pela confluência de rodovias.

Por pelo menos 3 décadas, entidades organizadas, como a Acic, já haviam deixado mais do que claro o interesse na obra no Trevo Cataratas. Mas sempre havia algo no meio do caminho.

Quando o Ministério Público Federal e a Operação Lava Jato abriram as cancelas do pedágio, muita coisa escondida apareceu.

Há de se reconhecer que quando saiu a confirmação da verba estaria disponível, lideranças de outras regiões também queriam o recurso. E mais uma vez, o Oeste precisou gritar mais alto.

Agora, com a obra quase pronta a região oeste está próxima de um novo amanhecer.

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EPC