Passar por aqui é parte da história de muita gente da região oeste. O Castelleto ou castelinho como ficou carinhosamente conhecido fica entre os municípios de Matelândia e Medianeira. Só que o espaço de lazer está ameaçado e a família proprietária do local, desesperada. O empreendido margeia a BR 277. Começou com um pequeno ponto de venda de salada de frutas, na década de 70, quando ainda era um chalé. Em 1987, o castelo foi erguido e em 1994 no lugar do chalé, veio a pirâmide.
E o problema começou em 2009, quando a ampliação foi feita. Os pilares e o segundo piso para evento foram construídos. A partir daí chegaram as notificações da rodovia das cataratas. A alegação é de que o negócio avançou em cinco metros, a faixa de domínio, que pertence a união.
De acordo com a concessionária, o avanço começa num ponto com poucos centímetros da construção, mas avança em diagonal, já que o traçado da rodovia se afunila.
Das notificações extrajudiciais, o caso passou para a Justiça, e a concessionária ganhou o direito de retomar a área, exigindo a demolição. A decisão da justiça não afeta o castelo em si, mas a pirâmide. Se for demolido, tudo que é pedido, quase metade da lanchonete deixará de existir, tornando o trabalho inviável.
Em março a Justiça pediu a decisão para que parte da construção seja destruída. A família acabou perdendo todos os prazos para recurso e agora no próximo dia 17, sexta-feira, vence o prazo para a apresentação dos projetos de demolição.
A possibilidade de perder algo tão significativo para a região gerou comoção. Uma manifestação já foi realizada e um abaixo-assinado com milhares de apoiadores tentam reverter o caso. E a opinião de quem conhece o local é unânime.
Além da relação popular, na Prefeitura também há uma mobilização para tentar salvar o empreendimento. De acordo com o Prefeito de Matelândia, há dezenas de outros casos parecidos na cidade, com construções além do limite da faixa de domínio da rodovia. Por isso, a busca é por um decreto presidencial para que a área que pertence à união passe de 40 metros para 30.
Já na esfera municipal, há uma lei aprovada recentemente autorizando o município a fazer o tombamento de patrimônios históricos e culturais. Um decreto em nome do castelleto poderia por fim ao impasse.
Se as pressões populares e política não forem suficientes, resta aos proprietários a cartada final. Na próxima quarta-feira, a concessionária aceitou participar de uma reunião com a família e advogados.
Jornal Catve 1ª edição
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