Política

CNBB critica atuação do Congresso em 2025 e aponta retrocessos sociais no país

Entidade também destacou avanços na saúde pública e defendeu políticas voltadas ao bem comum


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Geraldo Magela/Agência Senado

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou a atuação do Congresso Nacional ao longo de 2025. A manifestação consta na mensagem de fim de ano divulgada nesta segunda-feira (29), assinada pelo presidente da entidade, Dom Jaime Cardeal Spengler, pelos dois vice-presidentes e pelo secretário-geral.

No documento, a CNBB afirma que o ano foi marcado por "retrocessos sociais", com destaque para a fragilização da legislação ambiental e o aumento da corrupção. Entre os pontos que "entristecem e preocupam", os bispos citam a aprovação do Marco Temporal pelo Legislativo, no início de dezembro, medida que, segundo a entidade, agrava o desrespeito aos povos originários.

A carta também faz críticas às mudanças na Lei Geral do Licenciamento Ambiental e ao que classifica como pagamento "exorbitante" de juros e amortizações da dívida pública. De acordo com a CNBB, esse cenário compromete a capacidade do país de investir em áreas essenciais, como educação, saúde, moradia e segurança.

Outro ponto abordado é o enfraquecimento da ética na vida pública. A entidade aponta o aumento da corrupção, além da propagação de discursos de ódio e radicalismos, que, conforme o comunicado, não podem se sobrepor ao bem comum.

Apesar das críticas, a CNBB também destacou aspectos positivos de 2025. Os bispos celebraram o aumento da média de médicos por habitante e agradeceram pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando a importância do serviço para a população brasileira.

A entidade ainda manifestou orgulho pela realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em 2025, em Belém, no Pará. Segundo a CNBB, movimentos populares se alegram com debates sobre a redução da jornada de trabalho e a taxação proporcional à riqueza.

No texto, a Igreja Católica reforça que participou das discussões não como protagonista político, mas com o objetivo de contribuir para a construção de caminhos comuns diante da crise climática e do cuidado com a chamada "Casa Comum".

Por fim, a CNBB reiterou posição contrária a qualquer iniciativa de legalização do aborto no Brasil, mas destacou que a defesa da vida também passa pelo enfrentamento da fome, da miséria e das desigualdades sociais.

Antonio Mendonça/ Catve.com/ Metrópoles

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