Política

Moraes recusa pedido de Bolsonaro para anular delação de Mauro Cid

Ministro disse que solicitação é "impertinente" ao momento do processo


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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta terça-feira (17), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular a delação premiada do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

A decisão foi tomada um dia após os advogados de Bolsonaro apresentarem formalmente o pedido de anulação dos depoimentos. Segundo o ministro, a solicitação é "impertinente" ao atual momento do processo. Moraes também analisou outros pedidos de diligências, medidas complementares que podem ser solicitadas para auxiliar no julgamento, apresentados pelos demais réus.

De acordo com diálogos revelados pela revista Veja, Cid teria mentido sobre o uso de redes sociais após ter firmado o acordo de delação premiada com a Justiça. Por conta disso, os advogados do ex-presidente alegam que as mensagens indicariam que Cid teria feito a delação sob pressão e sem voluntariedade, o que, segundo eles, invalidaria os depoimentos e as provas dele decorrentes.

Na semana passada, Mauro Cid negou ao STF a autoria das mensagens que lhe foram atribuídas. No entanto, na última segunda-feira (16), o advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, réu em outro núcleo da trama golpista, afirmou à Corte que Cid que participou dos diálogos e apresentou mensagens, fotos e vídeos enviados pelo militar.

Também na última semana, Moraes já havia determinado que a Meta, dona do Instagram, apresentasse os dados cadastrais da conta — o que ainda não ocorreu.

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