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Documento entregue nesta sexta-feira (13) à Suprema Corte da Argentina, determina como adequado para cumprimento de prisão domiciliar o apartamento da ex-presidente do país, Cristina Kirchner, no bairro de Constitución, em Buenos Aires. O relatório técnico foi entregue após uma inspeção realizada no imóvel.
Segundo informações do jornal argentino La Nación, o Tribunal deve decidir até a próxima terça-feira (17) se irá atender aos pedidos de prisão domiciliar apresentados por Cristina,Nelson Periotti, Raúl Pavesi e José López, condenados no esquema de corrupção no caso Vialidad.
Além disso, antecipando a possibilidade de uma prisão domiciliar de Cristina em seu apartamento, um estudo ampliado da área foi solicitado. Um relatório socioambiental foi solicitado à Diretoria de Controle e Assistência à Execução Penal, para fornecer uma descrição à respeito da área e do bairro em geral.
Os juízes querem informações relevantes para decidir se é possível cumprir prisão domiciliar no local, como a atividade e características de vizinhos, tráfego de veículos e pedestres na rua. O tribunal pode solicitar outro local de detenção à pessoa condenada, caso o local atual não atenda às necessidades de segurança.
Segundo a defesa da ex-presidente, liderada por Alberto Beraldi, os motivos principais por trás do pedido de prisão domiciliar. O principal fator é a segurança, considerando a tentativa de asssassinato em 2022, e também a sua idade, 72 anos.
"É incontestável que, no caso de Cristina Fernández de Kirchner, uma pena privativa de liberdade só pode ser cumprida em prisão domiciliar", disse Beraldi.
Em nota publicada por Cristina em sua conta do X, Cristina explica que: "Isso (prisão domiciliar) não é um privilégio. Pelo contrário, deve-se a razões estritas de segurança pessoal."
Cristina vai se apresentar ao Tribunal:
Na mesma nota publicada na manhã desta sexta-feira (13) em sua conta no X, conhecido como antigo Twitter, a ex-presidente Cristina Kirchner confirmou que irá cumprir ordem judicial e vai se apresentar ao Tribunal de Comodoro de Py na próxima quarta-feira (18), data que encerra o prazo para que ela comece a cumprir pena de prisão de seis anos.
"Não somos a direita mafiosa que foge de ordens judiciais, foge por três anos e, quando volta, tem a proteção do Distrito Judicial e, além disso, o processo é arquivado. É por isso que, na próxima quarta-feira, 18 de junho, comparecerei em Comodoro Py para comparecer perante o tribunal, como sempre fiz."
Cristina é acusada por corrupção no caso da administração rodoviária, que investigou 51 licitações obras públicas na província de Santa Cruz em favor de Lázaro Báez, também condenado no caso.
Na terça-feira, 10 de junho, a Suprema Corte confirmou a sentença de seis anos de prisão de Cristina, e também, a proibição vitalícia de exercer cargos públicos. Cristina é a primeira ex-presidente da Argentina a ter uma condenação definitiva por corrupção. Ela será excluída da disputa eleitoral e não poderá concorrer, como pretendia, a uma vaga na Assembleia Legislativa de Buenos Aires, em 7 de setembro.
Reportagem por Ana Bonini sob supervisão de Alexandra Oliveira | Portal Catve.com com La Nacion
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