CPI das fossas: empresários optaram por silêncio em mais uma fase de oitivas

Foi um festival de perguntas para a mesma resposta de Sérgio Bacarin, proprietário da Auto Fossa Acapulco, que em 2013 participou da polêmica licitação que escolheu a empresa que fez o serviço de desentupimento e limpeza de caixas de gorduras em fossas de escolas e Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) de Cascavel. Ao deixar a Câmara de Vereadores Sérgio não falou com a imprensa. Carlos Bacarin representou a Auto Fossa Oeste. Assim como o irmão Sérgio ele repetiu a resposta acompanhado de perto pelo advogado Luciano Katarinhuk. Ele também saiu rápido do local e em silêncio. Nelson Bacarin, proprietário da Auto Fossa Cascavel também compareceu à Câmara, mas como os demais Bacarin não quiseram responder às perguntas, dizendo que era uma orientação do advogado, que então falou com a imprensa. O bilhete lido pelos Bacarin foi o mesmo e ficou abandonado na mesa. Nelson, proprietário da Auto Fossa de Cascavel não prestou nenhuma informação relevante, mas no fim desabafou. Katarinhuk confirmou o grau de parentesco entre os depoentes. Nelso é pai de Sérgio da Auto Fossa Acapulco e Carlos da Auto Fossa Oeste e justificou que há anos representa os interesses da família. Outras testemunhas falaram. O pregoeiro Renato Augusto disse que no pregão do ano passado, ele suspendeu o processo, pois as mesmas empresas investigadas na CPI praticaram de manobras estranhas. José Carlos esclareceu que pessoas da mesma família podem participar de licitação desde que sejam empresas diferentes, o que não ocorreu no passado e por isso o processo foi suspenso. Já o de 2013 é o que segue em investigação. O empresário da Auto Fossa Jaques, Leonildo Mariano, participou da licitação de 2013 e perdeu. Ele argumentou que na época achou estranho o valor baixo do serviço oferecido pelos concorrentes. O advogado Luciano Katarinhuk contestou a informação repassada na oitiva da última sexta-feira pela secretária de Educação, Márcia Baldini, de que neste ano, a secretaria pouco mais de R$ 6 mil em limpeza das fossas em Cmeis em escolas municipais.

Jornal Catve 2ª edição