Secretário de Saúde do Paraná faz alerta sobre baixa procura por vacinação em Foz do Iguaçu

A saúde pública do Paraná acende um alerta: dezenas de pessoas estão, neste momento, nas unidades de saúde com problemas respiratórios.

O Governo do Estado autorizou a abertura de 77 novos leitos em hospitais das regiões Oeste e Norte, contemplando cidades como Medianeira, Cascavel, Toledo, Apucarana e Arapongas. A medida tem como objetivo evitar um colapso no sistema de saúde nos próximos dias.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, um levantamento aponta que, das 212 crianças internadas em Foz do Iguaçu em 2025, apenas 18 estavam vacinadas.

O inverno começa oficialmente no dia 20 de junho, mas a preocupação com os problemas respiratórios, típicos da estação, já é grande.

No dia 31 de maio, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu emitiu um comunicado alertando que os 218 leitos de UTI estavam todos ocupados. O motivo: aumento expressivo de casos de doenças respiratórias.

Imagens mostram o reflexo da superlotação, com pacientes sendo atendidos nos corredores. A taxa de ocupação chegou a 127%, muito acima da capacidade, com 277 pacientes internados.

Na época, o Governo do Paraná contratou e entregou 25 leitos de UTI pediátrica, que foram instalados em um hospital particular no município de São Miguel do Iguaçu. A situação na região de fronteira é ainda mais preocupante, já que Foz recebe pacientes também de outros países.

A cobertura vacinal é alarmante: apenas 22% do público geral está devidamente imunizado contra o vírus da gripe em Foz do Iguaçu. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 14 pessoas já morreram em decorrência de problemas respiratórios que evoluíram para quadros mais graves. Entre as vítimas, três eram crianças, nem todas estavam vacinadas, o que reforça a importância da prevenção.

já a Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu anunciou investimentos no Poliambulatório do Porto Meira, na zona sul da cidade. O espaço passará a receber consultas ambulatoriais que antes eram realizadas no Hospital Municipal, focando agora no atendimento de casos de síndrome respiratória aguda grave.

O investimento ultrapassa R$ 6 milhões.

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Reportagem de Renan Gouvêa | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA