JC
Foz do Iguaçu enfrenta baixa procura pela vacinação contra a gripe, especialmente entre o público infantil. Das 28 unidades de saúde da cidade, a maioria não tem registrado movimento de crianças para a imunização.
A campanha começou em abril, mas até agora apenas pouco mais de 11% das crianças foram vacinadas (cerca de 2 mil doses aplicadas). A meta da Secretaria de Saúde é vacinar 25 mil crianças.
Enquanto a vacina não chega ao braço dos pequenos, o número de casos de síndrome respiratória aumenta. O município já registrou 532 casos graves suspeitos, sendo 125 deles em crianças de até um ano.
Com a chegada do inverno e a pressão sobre os leitos pediátricos, a recomendação das autoridades é clara: a principal forma de proteção continua sendo a vacina.
Confira os detalhes no vídeo acima.
Cascavel incentiva imunização
Com a chegada do frio, cresce a preocupação com o aumento de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), complicações causadas por doenças virais como gripe e influenza, que podem levar à hospitalização e, em casos extremos, à morte. Os principais afetados são crianças, gestantes e idosos.
Somado a isso, dados da rede municipal de saúde revelam um cenário alarmante: a cobertura vacinal dos grupos prioritários contra a influenza em Cascavel está em apenas 27%, muito abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde.
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, os idosos, que somam mais de 52 mil pessoas na cidade, tiveram uma cobertura de apenas 35,62%. Entre as crianças, o índice é ainda mais preocupante: 16,18%. E o dado mais crítico envolve as gestantes: somente 7,41% foram imunizadas.
Os reflexos da baixa cobertura já começam a ser percebidos na rede de saúde pública e também na privada, que têm registrado aumento expressivo na procura por atendimentos relacionados às doenças respiratórias. Conforme a Sesau, 61% dos casos graves atendidos envolvem crianças de 0 a 14 anos, e 21% são idosos, justamente os grupos com menor taxa de vacinação. "A gente sabe que crianças, idosos e gestantes são mais suscetíveis a complicações da gripe, podendo evoluir para internações e até óbitos. Por isso, a vacinação é essencial para evitar esses casos graves", alerta o secretario de Saúde, Ali Haidar
Além de proteger o indivíduo, a imunização ajuda a reduzir a circulação do vírus, pois preserva também familiares e pessoas do convívio direto. Em um cenário de temperaturas mais baixas, em que as pessoas passam mais tempo em locais fechados e com pouca ventilação, o risco de transmissão de vírus respiratórios aumenta consideravelmente.
A coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Ana Carolina Rossin, também chama atenção para um problema que tem se repetido nos últimos anos. "Temos enfrentado uma queda preocupante, influenciada por fake news e desinformação. Mas a verdade é que a vacinação impacta diretamente na redução de internações, agravamentos da doença e atendimentos hospitalares, porque as pessoas vacinadas tendem a não desenvolver as formas graves da gripe", afirma.
A vacina está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde do município para toda população acima de seis meses de idade, protegendo contra as principais cepas do vírus influenza. A dose é segura e eficaz. As unidades atendem de segunda a sexta-feira, das 8h até 15 minutos antes do fechamento de cada unidade, sem intervalo para o almoço.
Reportagem de Renan Gouvêa | JC
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