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Uma pesquisa inédita está investigando os casos não diagnosticados de lesões pulmonares causadas pelo uso dos chamados vapes, conhecidos como cigarros eletrônicos. O estudo preliminar aponta que há pessoas que, apesar de apresentarem lesões, ainda não sabem do problema.
O objetivo da pesquisa pode parecer pequeno, mas o impacto para a saúde pode ser enorme. O uso do cigarro eletrônico pode causar lesões pulmonares, muitas delas irreversíveis. A condição é chamada de Evali, uma doença que afeta o pulmão e pode resultar em sérias complicações.
Para alertar a população sobre os riscos, pesquisadores da IANEC (Instituto de Atenção à Saúde e Educação), localizado na Cidade do Leste, no Paraguai, já estão realizando ações educativas. Em um experimento, um pulmão artificial simula a tragada de um cigarro eletrônico. Em poucos minutos, o pulmão se enche de fumaça, representando o dano causado pela substância.
O cigarro eletrônico usado na pesquisa contém nicotina, o que já é um risco considerável à saúde. Cada tragada no vape é equivalente ao consumo de 900 cigarros convencionais. O algodão no pulmão artificial, que representa os alvéolos pulmonares, já apresenta manchas pretas, indicando o início de um problema respiratório.
De acordo com o diretor de pesquisa da IANEC, Walter Abrantes, uma pesquisa preliminar revelou que cerca de 12% dos 95 entrevistados sobre o uso de vapes podem ter Evali sem saber. Os sintomas da doença incluem falta de ar, tosse, dor no peito e outros problemas respiratórios.
Nos últimos cinco anos, a Receita Federal apreendeu mais de 4,3 milhões de cigarros eletrônicos. Quem usa vapes por longos períodos precisa ficar atento aos sinais de problemas respiratórios.
As ações de conscientização continuam e os resultados oficiais da pesquisa devem ser divulgados em um ano. Até lá, é importante ouvir o recado dos especialistas.
Confira a matéria completa no vídeo acima.
Reportagem por Renan Gouvêa | CATVE
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