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Poliomielite: Conheça os Riscos, Sintomas e a Importância da Vacinação


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EBC

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). Ela pode atingir tanto crianças quanto adultos, sendo transmitida principalmente pela via fecal-oral — contato direto com fezes ou secreções de indivíduos infectados. Em casos graves, a doença pode resultar em paralisia e até mesmo morte.

Como a Poliomielite Ataca o Organismo

O poliovírus se multiplica inicialmente na garganta ou nos intestinos após a infecção. A partir daí, pode alcançar a corrente sanguínea e atingir o cérebro. Quando isso acontece, o vírus destrói os neurônios motores, responsáveis pelo controle dos movimentos, resultando em paralisia flácida — geralmente em um dos membros inferiores. Em casos mais severos, se o vírus atingir as áreas que controlam a respiração e a deglutição, pode ser fatal. O período de incubação do poliovírus varia entre 5 e 35 dias, sendo mais comum entre 7 e 14 dias.

Sintomas e Formas da Doença

A poliomielite pode não apresentar sintomas, o que não impede a transmissão do vírus, já que ele é eliminado pelas fezes e pode contaminar alimentos e água. Nas formas mais leves, os sintomas incluem febre, mal-estar, dores de cabeça e no corpo, diarreia, vômitos, constipação e rigidez na nuca. Quando a doença se torna paralítica, os sintomas incluem fraqueza muscular e paralisia, principalmente nos membros inferiores.

Tratamento e Cuidados Essenciais

Não existe um tratamento específico para a poliomielite, mas algumas medidas são fundamentais para reduzir complicações e a mortalidade:

- Repouso absoluto nos primeiros dias para diminuir o risco de paralisia;

- Mudança frequente de posição na cama para evitar deformidades;

- Tratamento sintomático da dor, febre e problemas intestinais e urinários;

- Hospitalização em casos graves, com necessidade de cuidados respiratórios;

- Acompanhamento com ortopedista e fisioterapia para reabilitação.

Prevenção: Higiene e Vacinação

A falta de saneamento básico é a principal causa da transmissão do poliovírus. Água de má qualidade e alimentos preparados sem higiene facilitam a propagação da doença. Medidas preventivas incluem:

- Lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro;

- Garantir que alimentos e utensílios estejam sempre limpos;

- Incentivar hábitos de higiene em crianças desde cedo.

Vacinação: Uma Defesa Vital

A vacinação é a principal arma contra a poliomielite. Em 1994, a região das Américas foi declarada livre da pólio, incluindo o Brasil, que eliminou o vírus através de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral (VOP). No entanto, enquanto o vírus circular em qualquer lugar do mundo, há o risco de reintrodução.

Existem duas vacinas contra a poliomielite:

- VPO-Sabin (vacina da gotinha): faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, administrada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade, com reforços anuais até os 5 anos.

- VIP ou Salk: aplicada via intramuscular, é recomendada para pessoas com baixa imunidade ou que viajarão para áreas onde o vírus ainda está presente.

A erradicação completa da poliomielite depende de altas taxas de vacinação e vigilância constante. O trabalho pioneiro dos cientistas Jonas Salk e Albert Sabin foi fundamental para o desenvolvimento das vacinas, que continuam a salvar vidas em todo o mundo.

Manter-se informado e cumprir o calendário de vacinação é essencial para proteger as futuras gerações dessa doença devastadora.

Catve

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