Em jogo dramático, Cascavel Futsal perde para o Atlântico, com gol no finalzinho e se despede da Liga Nacional

Na noite deste sábado (8) o Atlântico recebeu o Cascavel Futsal em Erechim, no Rio Grande do Sul, para o duelo da volta entre as duas equipes valendo uma vaga entre os quatro melhores da Liga Nacional de Futsal. Depois do empate em 1 a 1 no confronto de ida, o Cascavel precisava vencer o Galo, ou no tempo normal, ou na prorrogação. A disputa foi emocionante e o Tricolor cascavelense fez uma boa partida, abriu dois gols de vantagem, mas com direito a lei do ex na reta final, sofreu a virada e deu adeus ao sonho do segundo título da LNF ao perder por 3 a 2. 

Na primeira parte do jogo o Atlântico abusou de perder gols, Gustavinho fez grandes defesas e brilhou no primeiro tempo. Bazzinho respondeu com uma batida cruzada, que Ale Falcone espalmou e a bola bateu na trave. Com o Cascavel estourado em faltas, a arbitragem, com ajuda do Vídeo Suporte (VS), anotou a sexta. Vagner, artilheiro da Liga Nacional, mandou o tiro-livre na trave. 

E quem não faz, leva. O Tricolor foi quem abriu vantagem. Serginho falhou no meio da quadra, Scheffer tocou para Lucão, que deu um toque de categoria para abrir o placar, faltando pouco mais de três minutos para o intervalo. Ainda na primeira etapa o Atlântico poderia ter empatado, mas quem marcou de novo foi o Cascavel. Gustavinho lançou Bazzinho na ala, que bateu cruzado, a bola bateu em Thalles e entrou restando menos de 1:30. 

Com o placar de 2 a 0 no primeiro tempo, o Cascavel estava se classificando para a semifinal. O Atlântico tinha que empatar, para forçar a prorrogação, ou virar o duelo para se classificar no tempo normal. 

O Atlântico começou a segunda etapa pressionando o Cascavel. Gustavinho fez mais uma boa defesa no comecinho da etapa final. Mas, logo depois, Suelton diminuiu. Ele recebeu de Vilela e bateu no cantinho para fazer 2 a 1. Foi aí que veio a grande polêmica do jogo. O Cascavel pediu Vídeo Suporte, por entender que Batalha fez falta em Vini, que corria para marcar. De fato, o lance foi mesmo duvidoso. Só que a geradora de imagens teve muita dificuldade para conseguir colocar o lance em revisão. Os árbitros já tinham decidido confirmar o gol, quando o lance foi colocado no monitor que fica na mesa da arbitragem. Revendo o lance a dupla de arbitragem manteve a postura e confirmou o tento para o Galo, para delírio total, com razão, do Cascavel Futsal. 

A resposta do Cascavel foi com bola na rede. Restando 18:40, Vini recebeu, levou a melhor na disputa com o Willian e finalizou no canto. Foi a vez do time da casa pedir a revisão. Dessa vez o Vídeo Suporte funcionou e a arbitragem deu falta do jogador do Cascavel, que puxou Willian pelo braço dentro da área. Gol anulado. 

Mesmo com tantos acontecimentos em apenas dois minutos, com duas paralisações, o jogo ficou ainda mais nervoso. Empurrado pela torcida, o Galo voltou a pressionar e restando pouco mais de 17 minutos, Serginho chutou e Batalha quase empatou, mandando no travessão de Gustavinho. Aos poucos o Cascavel retomou a concentração e voltou para a partida. Jonas bateu cruzado e a bola passou perto. 

A disputa deu uma esfriada, mas o Atlântico tinha mais posse de bola. Restando pouco mais de 9:00 minutos, Vilella girou sobre a marcação de Boba e acertou a trave dos visitantes. Com o passar dos minutos o Cascavel foi ficando encurralado e foi acumulando faltas. Restando sete minutos, o Tricolor fez a quinta falta, assim como no primeiro tempo. A 6:40 do apito final, Vagner se movimentou bem, recebeu de Suelton e bateu rasteiro, acertando mais uma bola na trave da Cobra. 

Quando o cronômetro marcava pouco menos de 5:00, o Vídeo Suporte (VS) foi acionado novamente pelo Atlântico, que como teve êxito no primeiro pedido permaneceu com possibilidade, entendendo que a bola teria batido no braço de que ocasionaria a sexta falta. O pedido não foi atendido pela dupla do apito. 

O Atlântico então foi para o tudo ou nada. Gustavinho brilhou em uma finalização a queima-roupa de Serginho. A 3:40 do fim, o Galo colocou goleiro-linha. E não demorou nada para conseguir o empate, só 20 segundos. Serginho bateu na segunda trave e lá estava Suelton, que livre só teve o trabalho de mandar para a rede: 2 a 2. Com a igualdade no placar, a disputa pela vaga na semifinal estava indo para a prorrogação, dois tempos de cinco minutos. 

No entanto, um gol a menos de dois minutos eliminou o Cascavel Futsal. E foi pela lei do ex. Thales, que em 2023 foi jogador do Tricolor, acertou um chute rasteiro, no cantinho, e decretou a virada do Galo: 3 a 2. O Cascavel tentou empatar com o goleiro-linha, mas não teve sucesso. Na semifinal o Atlântico vai pegar o vencedor de Jaraguá e Joinville. O Cascavel se despede da competição e da temporada, já que havia sido eliminado também no Paranaense da Série Ouro.

Imagens Édson Castro

Deivid Souza | Catve.com