A 2ª Comissão Disciplinar do TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná) enfrentou um longo julgamento pela frente. Foram quatro horas de sessão. Os jogadores Diego (Batel) e Paulo Vitor (Nacional) envolvidos no caso de racismo registrado na última rodada da primeira fase da Taça FPF 2025, foram denunciados. Diego por injúria racial e Paulo Vitor (PV) por cuspir e agredir o adversário. O volante disse que chamou PV de "malaco" depois da cusparada. Enquanto a advogada alegou que não tinha perícia para comprovar a palavra proferida por Diego.
PV negou a cusparada e falou que claramente entendeu o ato de racismo praticado por Diego. O advogado contratado pelo Nacional, pediu absolvição da cusparada.
A defesa do jogador Diego não conseguiu sustentar a tese de que ele não cometeu racismo e todos os auditores disseram que as imagens são claras. Ele foi punido pelo TJD-PR, por unanimidade, em sete partidas de suspensão e R$ 2 mil de multa.
Por outro lado, Paulo Vitor acabou pegando um gancho ainda maior. Foram quatro partidas de suspensão pela agressão física, mais seis jogos pela cusparada, totalizamos 10 jogos, mais que os sete de Diego, que cometeu injúria racial.
O Batel, denunciado por supostamente ter sido omisso no caso e por tentar esconder o jogador Diego, também foi julgado. O FC Cascavel ingressou com pedido de parte interessada no processo, pedindo a exclusão do Batel. O advogado do clube, Eduardo Vargas fez uma explanação contundente, afirmando que só uma punição extrema pode mudar o cenário de racismo no futebol. Para o advogado do Batel, o clube de Guarapuava fez tudo que estava ao seu alcance.
Os auditores, por 4 votos a 0 absolveram o Batel, que nesse caso segue na disputa da Taça FPF.
Com a decisão da 2ª Comissão Disciplinar do TJD-PR, a competição não sofre nenhuma interferência da justiça desportiva e os confrontos das quartas de final estão mantidos, sendo que três jogos de idas da segunda fase já foram realizados no último fim de semana.
Deivid Souza / Hora do Esporte
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