New Cup recebe olheiros de todas as partes do país em busca de novos atletas

Os olhos desses profissionais nunca se cansam. Parece um radar, na busca incansável por novos talentos. Na New Cup em Cascavel sabemos que eles estão espalhados por todos os lados. Nem sempre percebemos. O Cristóvão faz parte da delegação do Grêmio. Parece ter vindo apenas como parte da delegação. Mais do que isso, o Supervisor da Área de Formação do clube gaúcho está atento aqueles que demonstram uma boa qualidade técnica, que todos os clubes procuram.

André é observador do Palmeiras. Com propriedade ele afirma que as chances de encontrar grandes jóias diminuíram um pouco com o passar dos anos, mas o Brasil ainda tem bons revelado bastante. Mas, é preciso andar muito.

O profissional explica que a dedicação de quem está na área é fundamental. Precisa ter muita paciência também, além da vontade de assistir muitos jogos.

A tecnologia ajuda os olheiros nesta busca tão difícil. Mas, a chance errar é muito menor quando a análise é feira fora do campo.

Mas, claro, eles passam horas vendo vídeos dos garotos que surgem como promessas.

A necessidade dos clubes terem uma base mais forte mudou um pouco a faixa etária de interesse dos captadores. Os mais novos já recebem uma atenção maior do que recebiam no passado.

Os grandes clubes têm investido nesse trabalho de captação, com presença em todos os Estados possíveis.

Cristóvão explica que não é difícil perceber um atleta com nível técnico diferente, qualquer uma que goste um pouco de futebol pode identificar esse talento.

Lapidar essa joia é o grande diferencial. No campo da Globoaves vimos vários observadores de clubes diferente. Todos vendo os mesmos jogos. É certo que um garoto com potencial de ser jogador vai chamar a atenção de todos. Como fazer para convencer o atleta a jogar no seu time?

E às vezes os pais deixam os cenários mais complicados ainda, interferindo de uma maneira equivocada.

Observador, captador, avaliador ou olheiro. Profissão que merece respeito dentro do futebol. Não é simples mesmo e às vezes é preciso contar com a sorte para encontrar um garoto que eles chamam de "fora de série".

Deivid Souza / Hora do Esporte