Enquanto celebrava a conquista da classificação do FC Cascavel para a segunda fase da Copa do Brasil, o técnico Tcheco falou sobre a instalação de gramado sintético no futebol brasileiro.
Enquanto lamentava a eliminação do América-MG na competição mais democrática do país, o técnico Willian Batista também comentou sobre a grama artificial. Aliás, foi treinador do Coelho quem tocou nesse assunto ao falar das dificuldades no confronto com a Serpente. "Muda muito do que a gente tá acostumado no dia a dia, o gramado principalmente. O nosso campo é rápido, os campos que a gente joga é rápido, isso não é desculpa porque realmente é uma variável que intersegue no jogo como o de hoje [fazendo referência ao jogo contra FC Cascavel no dia 26 de fevereiro]. Uma coisa está com o bloco baixo no campo que ele é rápido, ele é molhado, a bola vai correr muito rápido de um pé ao outro. Em vez de um passe durar cinco, seis segundos como durou hoje, ele dura dois ou um, isso tira tempo do bloco defensivo e dá tempo para nós podermos atacar. Eu sei que se o jogo não fosse como foi hoje no Independência, o cenário seria muito diferente para o nosso adversário. Para o nosso campo, isso é um campo muito rápido".
Perguntado sobre a condição do gramado do Estádio Olímpico, Tcheco reconheceu que o campo não está bom, porém, longe de ser o maior culpado de uma derrota. "Quando eu estava aqui, uma das coisas que eu exigia sempre com o Renatinho, com o pessoal que estava aqui, o Marcos Vinícius na época, é o campo bom, porque o meu estilo do jogo é para propor o jogo. O campo não está bom como a gente gostaria, mas também não está tão ruim assim. Muito, muito longe disso até. E é uma das coisas que a gente vai arrumar para a nossa Série D. Temos um tempo aí de aproximadamente 45 dias, então é o tempo para ficar melhor do que hoje está. Eu concordo plenamente que tem que ter os gramados bons, agora está discussão sobre gramado e sobre sintética, mas acho que essa cobrança que ele está falando tem que ser exigida na elite do futebol"
O comandante do América decidiu então opinar sobre a instalação de grama artificial no Brasil. "Bola dominando e subindo no pé dos jogadores, tanto nosso quanto do adversário. E aí a influência é muito grande. Aí fica a discussão, o pessoal tem comentado muito da grama sintética e do campo de grama natural. É óbvio que hoje seria muito melhor uma grama sintéticas do que um gramado natural. E eu tô dando desculpa, eu tô só colocando a pauta que tem existido no futebol brasileiro, né? Então, o que vale mais? Vale mais um espetáculo onde o jogo se joga rápido. Todo mundo elogiou o jogo da Premier League, porque é o jogo mais veloz do mundo, talvez. Ele é veloz porque é o tempo que o jogador gasta nas coisas simples: domínio, passe, condução e drible é muito pequeno por causa do gramado".
Tcheco é contra e usou o órgão máximo do futebol para embasar o seu parecer. "Estão falando de novo sobre a questão do campo sintético, pra mim descaracteriza totalmente o jogo, e eu acho que é um absurdo ter grama sintética num país tropical, isso foi colocado mais nos países nórdicos e frios, tanto é que a FIFA, tanto Copa do Mundo ou de clubes, não permite jogar em sintética, se a maior entidade não permite, o que a nossa confederação vai permitir? E para terminar, eu acho que o campo não está tão ruim assim não"
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