Os restos mortais do piloto brasileiro José Carlos Pace, chamado de Moco pelos amigos, foram transladados nesta sexta-feira (23) para o autódromo de Interlagos, em São Paulo. A ação faz parte de uma homenagem histórica. Não há registro na história, especialmente na Fórmula 1, sobre um piloto que esteja sepultado em um autódromo que leve seu próprio nome.
José Carlos Pace morreu em 18 de março de 1977 em um acidente aéreo, quando estava no auge da carreira. Pace completaria 80 anos no próximo dia 6 de outubro e, em 26 de janeiro do próximo ano, celebraria os 50 anos de sua primeira vitória no GP do Brasil de Fórmula 1.
Pace então "volta" a Interlagos, sendo sepultado na pista em que ele mais amava. O evento teve a presença da família, amigos, jornalistas e admiradores do piloto. Também foi programada uma volta pela pista com um um Karmann-Ghia que pertencia ao piloto. O carro foi guiado dessa vez pelo filho Rodrigo Pace. O macacão e capacete de José Carlos Pace também foi levado ao autódromo.
Em 1977 Pace foi enterrado no Cemitério do Araçá, em São Paulo. O túmulo foi alvo de furtos e acabou sendo destruído por vândalos. Por intermédio do jornalista e amigo do piloto, Ricardo Caruso, que tomou conhecimento do estado de abandono do jazigo, com o apoio do colecionador Paulo "Loco" Figueiredo, houve uma campanha junto à CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), Prefeitura de São Paulo e à administração do Autódromo de Interlagos, que conseguiu transferir os restos mortais para um lugar junto ao seu busto na pista paulistana. A família concordou com a ideia. A filha Patrícia também esteve presente no evento.
Agora, quem for ao autódromo de Interlagos vai logo perceber o local dedicado exclusivamente ao astro da velocidade, aos pés de uma escultura de José Carlos Pace.
Redação Catve.com
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