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Trajetória de Maradona marca a história do futebol mundial

O ídolo argentino faleceu nesta quarta-feira (25) por conta de uma parada cardiorrespiratória


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Dom Diego, Dieguito, Pipe de Ouro EL! 10, Dios. A genialidade de Diego Armando Maradona com a bola nos pés lhe rendeu muitos apelidos. A trajetória do craque, indomável em campo e fora dele também, que marcou história no futebol mundial começou com 11 anos, quando ele apareceu treinando com camisa do modesto argentino Jrs. Baixinho, canhoto, menino prodígio que disputaria quatro mundiais com a seleção argentina. Com 15 anos já era jogador profissional e as jogadas plásticas, que pareciam verdadeiras obras de arte, logo ganharam o planeta. Em 1981 saiu de um modesto para um gigante, o Boca Juniors. A carreira deslanchou. Um ano depois se transferiu para o Barcelona. Foi na Europa que ele colecionou amigos e desafetos com a mesma facilidade. Os gols e títulos foram ficando em segundo plano. As drogas atormentaram a vida de um craque. As polêmicas, provocações e a rebeldia mudaram um pouco o rumo da vida de Maradona, mas jamais foram capazes de arranhar o dom que ele tinha de jogar futebol. Em 1984 chegou ao Nápoli. A estrela do futebol foi protagonista, como sempre era, na conquista dos dois únicos títulos italianos em toda a história do clube. Até hoje é o jogador mais reverenciado pelos napolitanos. Entre 1984 e 1994, Maradona foi o principal jogador de futebol do planeta. Era o foco de toda a mídia, pelas genialidades ou pelos fracassos pessoais. Em 1986 foi campeão da Copa do Mundo de 1986 com a Argentina. Há quem diga que ganhou a Copa de sozinho. Foi nesse mundial que talvez saiu o gol ilegal mais famoso do mundo da bola. Estádio Azteca, quartas de final entre os Hermanos e a Inglaterra. Argentina venceu por 2 a 1. O segundo gol foi uma pintura, considerado por muitos o mais bonito do futebol. Na decisão Maradona comandou a vitória por 3 a 2 contra a Alemanha Ocidental e levantou o troféu de campeão. Só que 1991, depois de uma partida pelo Nápoli, Maradona foi pego no exame antidoping, ele testou positivo para cocaína. Dois meses depois acabou preso em Buenos Aires pelo mesmo motivo. Nunca mais foi o mesmo e encerrou a carreira como sempre sonhou, com a camisa do Boca em 1997. Teve muitos problemas de saúde, mas sempre se recuperou. Chegou a comandar a Seleção Argentina na Copa da África do Sul em 2010, eliminado nas quartas de final para Alemanha. Apesar da polêmicas Maradona sempre foi uma espécie de deus na Argentina. Comparado a Pelé, ele resolveu fazer essa tabelinha histórica com o rei do futebol. Maradona completou 60 anos no último dia 30 de outubro. Pelé fez questão de homenagear o argentino, dizendo que sempre iria aplaudi-lo. Dieguito respondeu o rei, dizendo que era uma honra receber o cumprimento do brasileiro, mas já em tom da despedida. Hoje a postagem de Pelé foi de tristeza pela perda de uma lenda e que ainda espera jogar ao lado de Maradona no céu. As homenagens e o reconhecimento a Dom Diego se espalham pelo mundo de personalidades e instituições como Messi, Neymar, Romário, Napoli, Aberto Fernandéz, presidente da Argentina que disse que Maradona colocou o país no lugar mais alto do mundo, Barcelona, River Plate, e, claro, o Boca Junior. Maradona morreu no mesmo dia que partiu Fidel Castro, seu grande ídolo, em 25 de novembro de 2016. Pibe sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa na cidade de Tigre, na região metropolitana de Buenos Aires, quatro dias depois de passar por uma cirurgia no cérebro para drenar uma pequena hemorragia na cabeça. Com seus defeitos, ou com suas qualidades: Obrigado Maradona.

EPC

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