A falta de uma legislação específica sobre o tema faz com que países importem cada vez mais a "matéria-prima" do futsal.
Maior campeão mundial, com sete títulos, e berço da modalidade, o Brasil segue absoluto como o maior exportador de profissionais.
Somente na Copa do Mundo deste ano começa no próximo sábado (10), na Colômbia , 25 brasileiros estarão atuando por outras seleções: 22 são jogadores e três são técnicos espalhados por seis equipes estrangeiras. São elas: Azerbaijão, Itália, Cazaquistão, Rússia, Ilhas Salomão e Espanha.
Azerbaijão e Itália são os recordistas na importação de "brazucas".
Enquanto os italianos contam com sete jogadores nascidos no Brasil, a seleção do Leste Europeu tem seis atletas brasileiros naturalizados, além do técnico Miltnho, ex-Corinthians, como comandante.
A Itália tradicionalmente é um dos países que mais importa brasileiros no futsal. No Mundial de 2008, disputado no Brasil, todos os 14 convocados da Azzurra eram brasileiros naturalizados italianos. Quatro anos depois, na Copa do Mundo da Tailândia, o número de "brasucas" já caiu pela metade, estatística que se manteve neste Mundial. Remanescente da equipe italiana de 2012, o paulista Gabriel Lima conta como se deu o seu processo de naturalização.
O Cazaquistão é outro reduto de brasileiros.
Treinado pelo potiguar Cacau, o time conta com o goleiro Léo Higuita, o fixo Léo e os alas Everton e Douglas.
Eleito o melhor goleiro do mundo em 2015 pelo site Futsal Planet, Higuita é carioca e mora no Cazaquistão desde 2009. Ex-atleta de Vasco e Cabo Frio, ele é a estrela maior da seleção cazaque que disputará a Copa do Mundo da Colômbia.
Considerada uma das candidatas ao título mundial deste ano, a Rússia também tem brasileiros em seu elenco. São eles: o goleiro Gustavo, o fixo Rômulo e os pivôs Robinho e Eder Lima.
No Mundial de 2012, eram cinco atletas nascidos no Brasil defendendo a seleção russa.
Destes, os paulistas Pula e Cirilo não irão à Colômbia, o primeiro por opção técnica e o segundo por estar se recuperando de lesão. Robinho e Eder Lima disputarão o seu segundo Mundial, enquanto Rômulo fará a sua estreia na Copa do Mundo Fifa.
Nascido em Fortaleza, Rômulo já viveu a estranha sensação de enfrentar o Brasil em um campeonato de seleções.
Foi em 2013, quando brasileiros e russos decidiram o Grand Prix, em Maringá (PR), com vitória do país anfitrião nos pênaltis.
Maior rival do Brasil no futsal, a Espanha também conta com um brasileiro em sua seleção, o pivô Fernandão, de 36 anos, que, inclusive, estava em quadra na finais dos Mundiais de 2008 e 2012, quando o Brasil derrotou a Espanha em ambas as oportunidades.
Redação Catve.com com Futsal de Primeira