No xadrez da política partidária de Cascavel, importantes movimentos de peças estão para acontecer. Forçados pela cláusula de barreira que não atingiram na última eleição, o PPL e o PCdoB nacionais já marcaram a data para fazer a fusão: no próximo domingo (2). Um encontro em São Paulo da direção nacional dos dois partidos vai formalizar a incorporação do PPL ao PCdoB. Vai predominar o nome da sigla do Partido Comunista. BAIXAS LOCAIS O impacto em Cascavel já é admitido pelos envolvidos na migração: haverá um esvaziamento da sigla por aqui. Os dois partidos têm representatividade na Câmara, somando três vereadores: Paulo Porto (PCdoB), Serginho Ribeiro (PPL) e Fernando Hallberg (PPL). Há também o deputado estadual reeleito, Marcio Pacheco (PPL). Apenas Paulo Porto assume que continua no partido. Os dois eleitos pelo PPL já admitem que não vão continuar. Serginho vai esperar uma janela partidária, já Hallberg, vai buscar a Justiça para assegurar a troca do partido. Ambos alegam que discordam ideologicamente do PCdoB. Além do mais, o PPL é a sigla que reelegeu Marcio Pacheco (PPL) a deputado estadual e potencial candidato a prefeito na eleição de 2020. PACHECO NO PDT Com a fusão do PPL com o PCdoB, Pacheco está com os dois pés fora da sigla que o projetou. Com vários partidos na mira, a corrente mais forte dos bastidores é de que ele está praticamente fechado com o PDT, sigla que durante muitos anos foi a casa do ex-prefeito Edgar Bueno. Embora, MDB, PSD, Podemos e DEM também negociaram. Este movimento torna ainda mais notório o afastamento político de Edgar dentro do PDT, porém, pode desencadear um embate Bueno x Pacheco pelo mando local do partido. Tudo vai depender do acerto feito "lá em cima". O ex-prefeito, desde que assumiu cargo de secretário no governo Beto Richa (PSDB), está licenciado dos quadros pedetistas.