Foto: Catve.com
A produção de milho safrinha na região de Cascavel tem atingido números satisfatórios e surpreendido os produtores em algumas áreas.
Mas, mesmo quando o desempenho da lavoura vai muito bem, o produtor acaba enfrentando reflexos negativos. Nesta época do ano, por exemplo, a umidade é mais elevada, o que não é bom para o milho, mesmo sem chuvas, pois as cooperativas e empresas que recebem os grãos aplicam descontos maiores no momento da entrega.
O produtor Eduardo Zardo conta que, quando isso acontece, precisa diminuir o ritmo da colheita. Ele chegou a interromper o processo neste momento. E ainda há outro fator que interfere: com o milho sendo entregue mais úmido, as cooperativas aumentam o tempo de secagem para o armazenamento dos grãos. Naturalmente, a fila de caminhões para o descarregamento também cresce, assim como o tempo de espera.
"Anos normais que entre o caminhão, descarregar e voltar demorava uma hora, uma hora e pouco. Hoje chega a demorar até quatro horas para o caminhão retornar", explica Eduardo.
A produção de até 300 sacas por alqueire já é considerada muito boa, mas, na região, há áreas com resultados ainda maiores. Para o diretor do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Valini, a produção do milho safrinha de 2025 acende um sinal de alerta: no futuro, a dificuldade de armazenamento pode se tornar um problema sério, que ninguém quer enfrentar.
Diante das dificuldades no escoamento da safra, algumas empresas do Sudoeste já vieram a Cascavel buscar milho, o que traz um alívio para os produtores da região.
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Reportagem de Deivid Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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