Catve
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que em 2022, Cascavel aparece entre as nove cidades do Paraná que são líderes da produção agropecuária do país, mas, atualmente os pecuaristas sofrem com a baixa nos preços.
Na propriedade da Fazenda Jangada, em Cascavel, tem 11 aviários, uma criação de 150 mil galinhas de matriz para a produção de ovos férteis, que não são para o consumo e sim para gerar pintainhos.
O investimento é alto, tudo é automatizado. O frango demora, em média, 60 dias para ser colocado no mercado. Para produzir, o custo é de R$4,24 e a venda R$4,30. Entretanto, o lucro é de apenas R$0,06 por quilo, por isso o produtor investe também em gado de corte. Atualmente, ele tem 1.200 cabeças, mas mesmo assim o cenário está longe de ser o esperado já que o preço da arroba está em R$220.
Hoje, o gado está sendo vendido por um valor 33% menor que o mesmo período do ano anterior, mas quem produz reclama que o consumidor está pagando apenas 18% a menos no preço da carne.
Enquanto a pecuária passa por um momento delicado, por causa do preço e do alto custo dos insumos, uma pesquisa divulgada por meio do IBGE com base em um levantamento feito pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) aponta que em 2022, o Paraná liderou a produção nacional de pelo menos 12 produtos da agricultura.
Cascavel aparece na liderança na criação de galináceos, com mais de 21 milhões de aves. Cianorte, que fica no noroeste paranaense, ficou na 4ª posição com 13,8 milhões.
O Brasil bateu o recorde de 1,6 bilhão de aves, liderando a exportação no mundo. No Paraná, o número foi de 13,8 milhões, registrando um crescimento de 29,7%.
Na produção de pescados, duas cidades do oeste do estado foram destaque. Nova Aurora com uma produção de 24,4 mil toneladas de peixe, e Palotina com 15 mil toneladas. Cerca de 27,1% de todos os peixes que são produzidos no país, saem do Paraná.
Na produção de leite, ainda segundo a pesquisa, o estado é o segundo maior produtor. Castro produziu 426,6 milhões de litros em 2022, e Carambeí 255,6 milhões de litros.
Já na bovinocultura de corte, o Deral (Departamento de Economia Rural) registrou em 2023 queda de 9,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Reflexo do corte nas compras feitas pela China, que é um dos maiores importadores.
Para quem é pecuarista o cenário está longe de ser o ideal, e o que fica é a dúvida de como será o mercado futuro.
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EPC
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