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Adapar proíbe eventos com aves exóticas e pássaros no Paraná

Suspensão ocorre por causa de focos de influenza aviária na América do Sul


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Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

O diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Otamir Cesar Martins, suspendeu a realização de eventos com aves exóticas e pássaros por conta de focos de influenza aviária na América do Sul, conforme portaria publicada nesta segunda-feira (27).

O documento já está em vigência e valerá por 90 dias. Otamir Cesar Martins adotou a medida com base na importância econômica e social da cadeia produtiva da produção avícola do Estado.

As participações de quaisquer espécies de aves ficam suspensas em eventos agropecuários, feiras, exposições, agremiações de criadores e atividades similares.

Aves ornamentais, passeriformes, galinhas de raça pura e outras espécies, inclusive de corte e postura comercial, bem como aves silvestres em cativeiro estão inclusas na suspensão. Os infratores estão sujeitos às penalidades previstas na legislação da defesa sanitária animal.

Cenário Internacional

Os países que já tiveram focos da IAAP (Influenza Aviária Altamente Patogênica) contabilizam prejuízos de grandes proporções, a exemplo dos Estados Unidos, que precisaram eliminar milhões de aves. Os preços de ovos, carne de frango e demais subprodutos tiveram aumentos consideráveis. Além disso, diversos produtores desistiram da atividade.

Influenza Aviária

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a influenza aviária é considerada uma doença de alto risco para aves quando causada por subtipos de vírus altamente patogênicos.

Nestes casos, caracteriza-se como uma doença grave, de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal, acarretando em barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo e em enorme prejuízo econômico para a avicultura comercial.

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) apresentou três requerimentos pedindo informações aos ministérios da Saúde, da Agricultura e da Ciência e Tecnologia sobre as providências que estão tomando para o enfrentamento da gripe aviária no Brasil. Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou casos de contaminação em seres humanos no Camboja.

Cuidados

Nos últimos meses, o Paraná, maior produtor de carne de frango do país, está em alerta máximo na prevenção da doença de alta patogenicidade. Medidas de biosseguridade ajudam a evitar que as aves entrem em contato com algo que possa transportar o vírus. Os produtores precisam atentar-se à desinfecção de veículos na entrada e saída da granja, restrição de acesso de pessoas alheias ao estabelecimento, impedir contato de aves de vida livre às aves da granja, uso de roupas exclusivas para manejo da granja e registros sanitários em dia.

Sinais respiratórios, nervosos e digestivos, bem como mortalidade nas granjas, devem ser notificados junto à Adapar de forma imediata. Responsáveis técnicos e produtores precisam notificar obrigatoriamente por meio do sistema e-Sisbravet ou diretamente nas Ulsas da Adapar. A Agência também pede que a iniciativa privada faça sua parte, adotando as medidas de biosseguridade e biossegurança necessárias nas granjas, fortalecendo o trabalho conjunto.

Redação Catve.com

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