Política

Câmara dos Deputados abre processo disciplinar contra Jair Bolsonaro

Bolsonaro disse que o coronel Ustra foi "o pavor de Dilma Rousseff" durante a ditadura


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O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta terça-feira (28) processo disciplinar contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O político é acusado de quebra de decoro parlamentar durante seu voto para a abertura do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, em 17 de abril, quando fez uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. A representação do PV ao Conselho de Ética acusa Bolsonaro de ter feito apologia ao crime de tortura e pede a cassação do mandato do deputado. Ao anunciar seu voto a favor do impeachment, Bolsonaro disse que o fazia "pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra". O militar comandou o DOI-Codi (órgão de repressão da ditadura militar) de São Paulo no período de 1970 a 1974. Em 2008, tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura. Ustra morreu em outubro de 2015, durante tratamento contra um câncer. Apenas cinco deputados estavam presentes na sessão do Conselho, além do presidente do colegiado, João Carlos Araújo (PR-BA). O processo foi iniciado porque não é necessário haver quorum mínimo. A Câmara está esvaziada pelas festas juninas. Marcaram presença os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Marcos Rogério (DEM-RO), Alberto Filho (PMDB-MA), Capitão Augusto (PR-SP) e Zé Geraldo (PT-PA).

O Sul

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