Cascavelenses comemoram resultados na Copa do Brasil de Paracanoagem

Medalha no peito e sorriso no rosto. Nada mal começar o ano desse jeito para quem passou algum tempo fora das competições.

Atleta da paracanoagem do Clube Kaiak Cascavel, Cris foi terceiro lugar na Copa Brasil disputada no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, no último fim de semana. Na disputa pelo ouro ela só ficou atrás de duas feras na final do KL3 200 metros, para quem tem amputação nas pernas: Mari Santini, do CRC Curitiba, e Aline Furtado, de Brasília. Mas a medalha de bronze foi bem recebida por aqui. Cris baixou bem o tempo dela, que era de 1:06 e nessa competição chegou a 59 segundos.

O outro paratleta de Cascavel que disputou a Copa Brasil foi Odirlei. Ele não conseguiu pódio, terminou em 5° lugar nos 200 metros do KL1, para competidores que só mexem os braços. Como foi a primeira prova nacional dele, depois de um terceiro lugar no Brasileiro de Maratona no Rio Grande do Sul em 2018, o saldo é positivo.

Em 2011 ele sofreu um acidente de trabalho ao cair do quinto andar de um prédio. Uma lesão medular o impediu de voltar andar. Dois anos depois foi apresentado à paracanoagem. Odirlei ficou afastado um bom tempo por problemas de saúde, mas o pensamento é dar uma boa sequência para melhorar o desempenho.

Os dois defendem o Cascavel Kayak Club, que tem apenas dois anos de fundação. A estrutura, de equipamentos, por exemplo, está longe do nível de competidores que eles enfrentam nos campeonatos. Odirlei precisa entrar com a cadeira de rodas na água para subir na embarcação.

Como os caiaques ficam guardados em um espaço cedido pela prefeitura, atrás da Associação de Moradores do Caravelle, eles ficam longe do píer instalado próximo da Secretaria de Meio Ambiente, mas aos poucos o clube está evoluindo, convidando inclusive paratletas para conhecer a canoagem

Redação CATVE.com