As filhas e a esposa do gerente do Banco do Brasil Gilmar Antônio Thiesen feitas reféns durante uma tentativa de assalto frustrada em uma agência bancária em Medianeira, prestaram depoimento na tarde desta sexta-feira (29) na Delegacia de Polícia Civil de Cascavel. Segundo as vítimas, elas ficaram sob a escolta de um dos bandidos em uma barraca, na zona rural, próximo ao Contorno Oeste, até o momento em que ele recebeu uma ligação e as deixou no local. Mãe e filhas saíram na estrada e pediram ajuda em uma fazenda e foram conduzidas a Cascavel. Elas não foram machucadas, porém estavam bastante assustadas.
De acordo com o delegado chefe da 15ª SDP, Pedro Fernandes de Oliveira, os bandidos chegaram a casa da família no início da noite de ontem (28), no cruzamento das ruas Amazonas e Rafael Picoli, no bairro Country, em Cascavel. Passaram a noite no local e na manhã de hoje (29) o grupo se dividiu, uma parte seguiu com o homem para Medianeira, e outra levou as mulheres para o esconderijo.
Ás 8h31 os dois bandidos e o gerente entram no Banco, as imagens foram flagradas pelas câmeras de segurança do local. Os dois indivíduos são morenos de camisa branca e azul. Contudo o segurança da agência desconfiou da atitude e acionou a Polícia Militar. O gerente conseguiu fugir. É neste momento que a polícia acredita que a dupla ligou para o comparsa que estava com as mulheres. "A desconfiança é que nunca o gerente agia daquela forma, e as pessoas perceberam. Ele agindo de forma que não faz rotineiramente, e essa informação veio da parte do segurança que repassou e evitou assim um dano ao gerente e também ao banco".
Ainda conforme a polícia há suspeitas de que a quadrilha seja maior, que tenha pelo menos 15 integrantes, todos bem informados. Os que abordaram a família, a polícia acredita que não seja do estado devido ao sotaque. "Eles disseram que o sotaque deles era diferente", disse o delegado durante coletiva.
"Um verdadeiro planejamento foi feito pelo grupo, e agora contamos com imagens de segurança e o auxílio da imprensa para chegarmos ao grupo", disse o delegado. "Há uma logística pra isso, eles têm bandeirinhas, informantes, que ficam acompanhando, ou seja, pode haver de 3 a 6 carros envolvidos, ou melhor, até 15 pessoas envolvidas na logística para o sequestro".
As investigações continuam no intuito de prender os suspeitos. Agências de polícia de outros estados também já foram informadas.
Cronologia:
18h30 do dia 28 - quatro bandidos invadem a casa e fazem a família refém;
7 horas do dia 29 - parte do grupo segue com o gerente para Medianeira e outros com as mulheres para a barraca na zona rural;
8h31 - Os dois suspeitos e o gerente entram na agência bancária;
8h45 - Polícia Militar é acionada;
8h50 - bandidos deixam a agência e ligam para o comparsa que está com as vítimas;
9 horas - suspeito deixa vítimas dizendo que voltaria;
Fim da manhã - vítimas procuram ajuda em uma fazenda e são levadas a Cascavel.
Redação catve.com
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