Homem faz namorada e amiga reféns por cerca de três horas em Pato Branco

Um grande aparato de segurança foi mobilizado na noite desta sexta-feira (26) em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, após um homem manter a namorada e uma amiga dela em cárcere privado dentro de um apartamento. A ocorrência envolveu equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e SAMU.

Uma quadra da Rua Araribóia foi isolada para garantir a segurança da população e possibilitar o início das negociações. Segundo a Polícia Militar, o homem estava armado com uma arma de fogo e mantinha as duas mulheres sob ameaça, embora o motivo do crime não tenha sido oficialmente divulgado.

De acordo com o Major Figueiredo, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, após cerca de três horas de negociação, o suspeito se entregou de forma calma e sem resistência. Ainda conforme o comandante, não foi necessário o uso de algemas no momento da rendição, resultado do trabalho técnico das equipes envolvidas.

Participaram da ocorrência equipes da ROTAM, ROCAM e RPA de Pato Branco. As duas mulheres foram libertadas sem ferimentos físicos e receberam atendimento do SAMU, além de acompanhamento psicológico do SIATE.

O homem foi encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil. Conforme explicou o Major Figueiredo, o suspeito faz uso de medicação para tratamento psiquiátrico e teria ingerido bebida alcoólica, o que pode ter contribuído para o descontrole emocional. A PM confirmou que ele realmente estava armado durante o cárcere.

Durante a negociação, o homem manteve contato com alguns familiares e também com uma advogada, que acompanhou o caso à distância, com orientação das equipes policiais. Há informação de que ele possui ligação com Santa Catarina, possivelmente da região de São Lourenço, mas não foi confirmado se ele reside no município ou estava na casa da namorada.

O comandante destacou ainda que, apesar da ausência de lesões físicas, o trauma psicológico nas vítimas é evidente. "Infelizmente, casos de violência contra a mulher seguem crescendo, e essa foi uma situação grave de cárcere privado", afirmou o Major Figueiredo.

A ocorrência terminou sem vítimas fatais ou feridos, e novas informações devem ser divulgadas após a conclusão dos atendimentos médicos e dos procedimentos policiais.

Antonio Mendonça/ Catve.com/ Olho Vivo Paraná/ Abel Silvério