Quatro suspeitos são investigados por exercício ilegal da profissão em Marechal Rondon

Quatro pessoas foram detidas por crimes de exercício ilegal da profissão e estelionato em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná. Entre os envolvidos estão dois homens e duas mulheres.

A ocorrência foi registrada na última segunda-feira (15), por volta das 20h15, após a Polícia Militar receber denúncia sobre a realização irregular de exames de optometria.

Segundo a polícia, equipes foram até o endereço informado e conversaram com os denunciantes, que relataram a realização de exames de visão sem autorização e qualificação profissional, além da prática de venda casada de armações e lentes. Do lado externo do prédio, os policiais viram uma mulher retirando o jaleco, guardando equipamentos em uma bolsa e correndo para os fundos de um salão de eventos.

A equipe entrou no local e abordou a mulher, que disse ter corrido por medo da presença policial. Ela afirmou que atua como optometrista e que era responsável pelos exames realizados. Questionada sobre a documentação profissional, informou inicialmente que não possuía registro e, depois, disse que tinha, mas não estava com ele.

O aspirante a oficial Nicolas Vaz, do 19º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que "Verificado os documentos dessa feminina, foi constatado que ela não possuia registros fiscais ou profissionais, como também não possuia autorização da Prefeitura para realização desses exames, bem como exercício da profissão." 

Em consulta ao site do conselho profissional, nenhum registro foi localizado em nome da suspeita. Em seguida, ela declarou que o registro não estava vigente por causa de débitos e apresentou apenas um carimbo com numeração CROO-SP.

A mulher também relatou que atua como prestadora de serviços e que foi chamada para trabalhar no município por um segundo envolvido. Esse homem informou que ele e uma terceira pessoa eram responsáveis pela venda de armações e lentes, como freelancers de uma empresa do Estado de São Paulo. Segundo o relato, a empresa alugou diretamente o espaço e repassou orientações para os atendimentos, sem alvará ou autorização da Prefeitura Municipal.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná, que apura a realização de exames de optometria sem autorização legal e a possível prática de venda casada.

Os quatro detidos foram liberados mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Bruna Guzzo | Catve.com