Lula Marques/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes e cumprida pela Polícia Federal, é de prisão preventiva — o que significa que não se trata do início da execução de pena no inquérito da tentativa de golpe de Estado, mas de uma medida cautelar.
Bolsonaro foi detido por volta das 6h, e o comboio chegou à Superintendência da PF às 6h35. Ele permanecerá em uma sala de Estado, espaço destinado a autoridades de alto escalão. O ex-presidente passou por exame de corpo de delito.
De acordo com a decisão, dois fatores principais motivaram a prisão: o risco à ordem pública e a possibilidade de fuga. Segundo o documento, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi rompida às 0h08 deste sábado.
Ainda conforme os autos, a mobilização de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, na noite de sexta-feira (21), poderia ser utilizada para dificultar a fiscalização das medidas cautelares ou até mesmo facilitar uma tentativa de fuga.
A decisão também menciona que, durante investigações anteriores, Bolsonaro teria considerado solicitar asilo político na embaixada da Argentina. Para Moraes, o rompimento da tornozeleira e a convocação da vigília indicariam possível intenção de repetir esse movimento.
Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do próprio ministro Alexandre de Moraes, após descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente.
Igor Vieira sob supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com
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