O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio dos núcleos de Cascavel do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico), denunciou cinco pessoas por participação em uma organização criminosa envolvida na comercialização de agrotóxicos roubados e falsificados.
A denúncia foi oferecida na última terça-feira (14), com base nas investigações da Operação Deméter, deflagrada em novembro de 2024.
De acordo com o MPPR, o grupo atuou de forma estruturada entre o final de 2023 e novembro de 2024, com divisão de tarefas e coordenação logística para obter vantagens financeiras ilícitas. Os denunciados responderão pelos crimes de receptação qualificada, falsidade ideológica, produção e transporte irregular de agrotóxicos e crime ambiental.
As investigações apontam que o esquema era liderado por um dos denunciados, que usava uma empresa de insumos agropecuários sediada em Cascavel para movimentar o negócio ilegal. O grupo adquiria defensivos agrícolas de origem ilícita - roubados, adulterados ou falsificados - que eram armazenados, transportados e revendidos em outros estados, inclusive em locais onde o uso desses produtos é proibido. Para dar aparência de legalidade, eram utilizadas notas fiscais frias em nome de empresas de fachada.
Na denúncia, o MPPR destaca que as condutas dos investigados colocaram em risco a saúde humana, a agricultura e o meio ambiente, uma vez que os produtos adulterados eram manipulados de forma artesanal, sem qualquer controle técnico. O órgão pede, além da condenação dos réus, a fixação de um valor mínimo de indenização pelos danos morais coletivos causados.
Dono e gerente de empresa que vende agrotóxicos são encaminhados para Delegacia de Cascavel
Redação Catve.com com assessoria
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