Imagem arquivo Assessoria
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Helio de Mello, professor da rede estadual de ensino de Irati, no Sudeste do estado, por estupro de vulnerável e outros crimes sexuais. Ele é investigado por abusar de sete adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, e está foragido da polícia.
Helio, de 55 anos, leciona desde 2003 e já exerceu mandato como vereador no município. A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça de Irati nesta terça-feira (7). Além dele, a irmã do professor — que atuou como diretora da escola onde ele lecionava — também foi denunciada. Ela teria tomado conhecimento de parte dos abusos e não adotado nenhuma providência.
Segundo o MPPR, os crimes ocorreram entre 2017 e 2024, dentro e fora da escola, onde Helio lecionava educação física. Ele usava presentes e dinheiro para conseguir encontros ou o envio de fotos íntimas das vítimas. A denúncia tem 28 fatos relacionados aos crimes, pelos quais o professor responderá por: estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, favorecimento da prostituição ou exploração sexual de crianças ou adolescentes, importunação sexual e assédio sexual.
A irmã do acusado foi denunciada por prevaricação, assédio sexual e favorecimento da exploração sexual de adolescentes (neste último caso, de forma omissiva). O processo corre sob sigilo.
Investigação da Polícia Civil
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito e indiciou Helio de Mello pelos mesmos crimes. As investigações começaram após denúncia anônima registrada no Disque 100 e contaram com o apoio do Conselho Tutelar, que realizou escutas especializadas com adolescentes do colégio.
Durante as diligências, foram colhidos depoimentos de menores, ex-alunos já adultos e funcionários da escola, além de pais de alunos que identificaram abordagens indevidas por mensagens. A PCPR identificou toques em partes íntimas, envio e pedido de fotos e vídeos de nudez das vítimas, frequentemente com oferta de dinheiro ou outra vantagem.
O inquérito foi concluído em 26 de setembro, e um mandado de prisão preventiva foi expedido contra Helio, que permanece foragido.
Redação Catve.com
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