Um médico ortopedista do Sistema Único de Saúde (SUS) em Umuarama, no Noroeste do Paraná, é investigado por repassar a médicos residentes a realização de cirurgias que deveriam ser feitas por ele. Enquanto os procedimentos eram conduzidos por profissionais em formação, o especialista estaria atendendo pacientes particulares no consultório.
A investigação faz parte da Operação Fratura Exposta, deflagrada nesta quarta-feira (10) pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O médico foi afastado da função pública, e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos — na casa do investigado, em um hospital e em uma clínica particular da cidade. Celulares e documentos foram apreendidos e devem passar por perícia.
Segundo o MP, a conduta pode configurar crime, já que o ortopedista era remunerado pelo SUS para realizar cirurgias, mas não as executava. Além do prejuízo aos pacientes do sistema público, que eram atendidos sem a supervisão de um especialista, os médicos residentes também ficavam expostos a falhas na formação e a práticas consideradas antiéticas e irregulares.
Os residentes envolvidos recebiam apenas a bolsa auxílio prevista no programa de residência médica, sem remuneração adicional pelos procedimentos realizados.
Redação Catve.com
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