Imagem Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) uma operação para combater grupo criminoso suspeito da prática de crimes financeiros, contra a economia popular, estelionato e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, medidas cautelares diversas da prisão e de bloqueio de bens e ativos, com o objetivo de aprofundar as investigações e reparar o dano às vítimas.
As apurações revelaram que o principal suspeito captava recursos de dezenas de investidores a partir de escritório em Curitiba, prometendo rendimentos elevados por meio de supostas operações no mercado financeiro. Na prática, identificou-se que os recursos eram desviados para fins pessoais ou utilizados para o pagamento de rendimentos a investidores anteriores - modelo típico de pirâmide financeira.
O prejuízo estimado ultrapassa R$ 21 milhões.
Serão cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC).
Além de atuar sem qualquer autorização dos órgãos reguladores, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as investigações identificaram que a mesma estrutura empresarial também era utilizada como meio para a possível lavagem de ativos.
Constatou-se, ainda, que, no final de 2023, o principal suspeito do esquema empreendeu fuga. Pouco tempo depois, foi localizado por algumas das vítimas fora do Brasil, onde acabou sendo preso. A prisão, no entanto, teria ocorrido mediante a prática de crimes no exterior por parte do próprio grupo lesado, como falsificação de documentos, corrupção e denunciação caluniosa, com motivação vingativa. A investigação também apura essas condutas, a fim de elucidar integralmente todos os desdobramentos do caso.
A operação foi batizada de Dumb Money, expressão que no mercado financeiro se refere a investidores mal-informados que são enganados por promessas de retornos irreais. O nome ilustra o caráter fraudulento da empreitada, que se valia justamente da confiança das vítimas e da informalidade das operações para mascarar os riscos e captar recursos de forma ilegal.
As diligências desta quinta-feira buscam reunir provas, recuperar ativos e garantir o ressarcimento das vítimas. As investigações seguem sob sigilo.
Polícia Federal | Catve.com
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