O Núcleo de Francisco Beltrão do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Dinheiro Fácil, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida na entrada de celulares na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nos municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão. Os alvos das prisões são dois detentos e a esposa de um deles, apontados como os responsáveis por receber os aparelhos e repassá-los para dentro da unidade prisional.
Durante as buscas, a mulher foi presa em flagrante por fraude processual ao tentar apagar mensagens do próprio celular. Também foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos, que serão periciados.
Propina de R$ 10 mil por aparelho
A investigação começou em janeiro deste ano, após a Polícia Militar flagrar um agente de cadeia terceirizado com oito celulares. Ele atuava temporariamente em Londrina, mas era lotado em Francisco Beltrão. Segundo as apurações, o servidor repassaria os aparelhos a um detento e receberia R$ 10 mil por unidade.
Além disso, o veículo usado pelo agente no momento da abordagem teria sido recebido como parte da propina.
Expansão das investigações
Com o avanço das investigações, o Gaeco identificou outras duas pessoas ligadas ao grupo criminoso, responsáveis pela compra e entrega dos celulares ao agente. Uma delas chegou a ser presa por tráfico de drogas ao longo das diligências.
Nome da operação
O nome "Dinheiro Fácil" faz referência ao valor recebido pelo agente em apenas três meses: cerca de R$ 150 mil.
Redação Catve.com
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642