Deputada Erika Hilton é criticada por exibir bolsa de grife avaliada em mais de R$ 27 mil

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) gerou polêmica nas redes sociais nesta semana após publicar uma foto com acessórios de alto valor, incluindo uma bolsa da marca italiana Bottega Veneta, modelo Padded Cassette, que pode chegar a R$ 27.420.

A imagem foi compartilhada na terça-feira (1º) com a legenda: "O que me interessa é nosso contra-ataque em defesa da dignidade do nosso povo e das necessidades do Brasil." A postagem, no entanto, gerou críticas de internautas, que questionaram a coerência entre o discurso político da parlamentar e o estilo de vida exibido.

Além da bolsa, chamaram atenção um par de óculos da marca Tom Ford, cujo preço pode variar entre R$ 1.500 e R$ 5.500, e um tênis Adidas Originals, que custa entre R$ 400 e R$ 800. Procurada para comentar os valores, Erika Hilton afirmou que as estimativas estavam incorretas, mas não detalhou os preços reais dos itens.

Assessores maquiadores

A controvérsia ocorre em meio a questionamentos sobre a contratação de dois profissionais de maquiagem como assessores parlamentares. Ronaldo Hass, no cargo desde maio de 2024, recebe salário de R$ 9.600. Já Índy Montiel foi contratado em junho deste ano, com remuneração de R$ 2.100.

Ambos já atuaram como maquiadores da deputada em eventos públicos. Hilton defendeu os contratos, alegando que os profissionais desenvolvem funções institucionais ligadas a movimentos sociais e apenas "eventualmente" colaboram com sua imagem para produções audiovisuais.

Debate nas redes

A publicação reacendeu discussões sobre a conduta de figuras públicas que defendem pautas sociais, mas ostentam produtos de alto valor. Enquanto aliados acusam os críticos de preconceito e machismo, opositores veem contradição entre o discurso de igualdade e o consumo de artigos de luxo.

O episódio também reabriu o debate sobre o uso de recursos públicos e a adequação de contratações no gabinete parlamentar. A atuação dos assessores ligados à área estética levanta dúvidas sobre a real finalidade dos cargos e os critérios adotados pela deputada.

Antonio Mendonça/ Catve.com