Foto: Reprodução | Redes Sociais
O local de decolagem do balão que caiu e matou oito pessoas em Praia Grande, Santa Catarina, foi alterado momentos antes do voo por medida de segurança. A informação foi dada pelo advogado Clovis Raupp Scheffer, que representa tanto o piloto Elvis de Bem Crescêncio quanto a ‘Sobrevoar’, empresa responsável pelo passeio turístico.
Segundo o advogado, os funcionários da empresa decidiram trocar de local por causa das condições de vento. "Eles saíram de um local aqui próximo e foram para outra pista de decolagem, onde era mais seguro", afirmou.
Questionado se as condições climáticas eram adequadas, Clovis Raupp Scheffer disse que a situação estava dentro da normalidade. O advogado classificou o acidente como uma "fatalidade inédita" e disse que a empresa está no mercado há cinco anos.
O piloto, que também é sócio da empresa, tem cerca de três anos e meio de experiência em voos e acumula mais de 700 horas de voo. "Ele sempre procurou estar apto para fazer esses voos", ressaltou o advogado.
O advogado reafirmou a versão apresentada por Elvis à Polícia Civil. O fogo teria começado no piso do cesto, supostamente provocado por um botijão de gás.
O piloto tentou usar o extintor, mas o equipamento não funcionou. Por conta disso, ele não conseguiu controlar o princípio de incêndio enquanto conduzia os turistas.
Após a queda de altitude, alguns passageiros pularam do balão. Na sequência, com a redução de peso no cesto, a aeronave subiu novamente. Algumas vítimas morreram carbonizadas e outras devido à queda.
"Neste momento, nossa maior preocupação é com as famílias e com as vítimas. O piloto está extremamente abalado", disse o advogado.
Sobre o vídeo que circula nas redes sociais e exibe dificuldades na decolagem, Clóvis afirmou que, até o surgimento do foco de incêndio, não havia nenhuma anormalidade no voo.
As investigações
As investigações estão sob a responsabilidade de Rafael Chiara, delegado titular da Delegacia de Santa Rosa do Sul (SC), com apoio do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O delegado-chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, informou que, se houver indícios de crime, os responsáveis serão indiciados.
Além dos interrogatórios com o piloto e outras cinco pessoas que estavam a bordo, a Polícia Civil aguarda os laudos periciais sobre as causas da queda e os exames de corpo de delito dos corpos.
Também serão analisados documentos da empresa, as condições climáticas e os fragmentos restantes do balão após o incêndio. A previsão é de que a investigação seja concluída em até 30 dias.
Quem eram as vítimas?
Quem são os sobreviventes?
Por Samuel Rocha | Catve.com
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