Quadrilha vendia onças, araras e tucanos pela internet, aponta investigação

A Polícia Civil do Paraná realizou uma operação que cumpriu 38 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, visando desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de animais silvestres e exóticos, nesta terça-feira (17). As vendas ocorriam pela internet. 

Durante a ação, 15 pessoas foram presas, acusadas de envolvimento no comércio ilegal de milhares de animais distribuídos por todo o país. O delegado Guilherme Dias detalhou que os traficantes utilizavam grupos fechados nas redes sociais, com acesso restrito a membros checados regularmente, para realizar as negociações.

"São grandes traficantes, que comercializavam milhares de animais todos os meses, via internet. Eles utilizavam as redes sociais para comercializar esses animais em grupos fechados, só com traficantes checados periodicamente", explicou o delegado.

Segundo ele, o transporte dos animais se dava por caminhoneiros para grandes distâncias, ônibus e até mesmo aplicativos de entrega, como os usados para entrega de comida, em trajetos menores.

Os animais apreendidos são de várias espécies, incluindo passeriformes, répteis como jiboias, tigres d’água, além de animais exóticos originários da África e Austrália, como o dragão barbudo australiano, corn snakes, pitons e primatas da Amazônia.

"Os animais vão ser destinados a santuários, aqueles animais que não puderem ser restituídos à vida e à liberdade, à natureza, vão ser destinados a santuários espalhados pelo Brasil", afirmou Guilherme Dias.

Além do tráfico, as investigações apontam para o uso de documentos falsos para comercialização ilegal. A Polícia Civil segue investigando para identificar outros envolvidos e coibir a prática que causa danos ao meio ambiente e à fauna brasileira.

Imagens: Polícia Civil do Paraná

Igor Vieira sob supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com