Policial

Família é coagida com violência e arma de fogo em ocupação de fazenda no Paraná, diz PM

Uma pessoa foi ferida por invasores; batalhões especializados da PM e PC foram mobilizados


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Fotos da reportagem: Catve.com e PM

Resumo:

  • Cerca de 300 pessoas ocuparam a Fazenda São Jorge, em Quedas do Iguaçu (PR), neste sábado (7).
  • Segundo a PM, uma família foi coagida com arma de fogo e o morador agredido com coronhadas.
  • A ação mobilizou forças policiais de seis cidades.
  • Vinte veículos e cerca de dez famílias deixaram voluntariamente o local.
  • A região tem histórico de conflitos agrários.

Uma família foi coagida com o uso de violência e arma de fogo durante a ocupação na Fazenda São Jorge, em Quedas do Iguaçu (PR), segundo a Polícia Militar. Este é mais um episódio dos conflitos históricos envolvendo movimentos sociais e propriedades rurais no município.

O trabalhador rural foi agredido com coronhadas.


A propriedade foi ocupada por cerca de 300 pessoas, sendo que a PM foi acionada para intermediar o caso às 5h da madrugada deste sábado (7). A força de segurança informou ao Catve.com que os homens envolvidos na ação se posicionaram atrás de mulheres e crianças.

Cerca de dez famílias já deixaram a área. Além disso, aproximadamente 20 carros que estavam na sede abandonaram a ocupação. Os invasores saíram voluntariamente.

"Eles passaram por uma barreira da Polícia Militar, foram identificados e, na sequência, liberados. Nem a imprensa teve acesso ao local onde está acontecendo essa mobilização", reportou Antônio Mendonça, do Catve.com.

Policiais militares de seis cidades (Assis Chateaubriand, Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Toledo) reforçaram o patrulhamento, contando com apoio de batalhões especializados. A Polícia Civil também foi mobilizada.

A estrada que passa em frente à propriedade foi interditada como medida de contenção. Havia pelo menos três pontos de bloqueio montados pelas forças de segurança.


Os ocupantes se identificam como integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). O movimento afirma lutar pela reforma agrária e urbana no Brasil.

Ao Catve.com, o coordenador regional do Movimento Sem Terra (MST), Jonas Fures, nega qualquer envolvimento da organização com o caso. "O foco do MST nesse período é regularizar as áreas já ocupadas, visto que todos os pré-assentamentos na região já têm processo de regularização tramitando no Incra".

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) informou que, mediante negociação, a desocupação ocorreu de forma pacífica no fim da manhã. "As forças de segurança seguem com diligências para apurar os fatos e garantir a tranquilidade na região".

O Catve.com entrou em contato com a assessoria do FNL, mas ainda não obteve retorno. 



Por Samuel Rocha | Catve.com

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