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Funcionários são indiciados por jogar cadela em triturador de caminhão de lixo no PR

Pena dos investigados pode chegar a cinco anos de prisão e pagamento de multa


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Foto: Reprodução | Polícia Civil

Motorista e coletor, de 29 e 24 anos, respectivamente, foram indiciados pela Polícia Civil pelo crime de maus-tratos contra animais por jogar a cadela Ágata no triturador de um caminhão de lixo em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, na última sexta-feira (9).

O animal foi atropelado e arremessado no compactador. Segundo a Polícia Civil, não houve tempo suficiente para acionamento do socorro ou a constatação do óbito.

Por isso, de acordo com o órgão, o ato "caracteriza a prática de maus-tratos, uma vez que o animal pode ter sido descartado ainda com vida, sendo submetido a sofrimento desnecessário".

A empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pelo serviço de coleta, disse que o procedimento adequado, em casos como este, seria a interrupção do serviço e acionamento do fiscal de operações. A PGA afastou os colaboradores envolvidos das funções até a conclusão da investigação.

O motorista do caminhão também vai responder criminalmente pelo fato de não ter tomado as providências necessárias após o atropelamento. Ele e o colega podem ser condenados de dois a cinco anos de prisão e multa.

A Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou para apreciação do Ministério Público do Paraná.

O que dizem os investigados?

Segundo o delegado Derick Moura Jorge, em interrogatório, os investigados disseram que constataram a morte do animal depois do impacto. Mas, embasado em análise de imagens da câmera de monitoramento e documentos anexados ao processo, o delegado afirma que há probabilidade da cadela estar com vida no instante do arremesso.

"Não há como se ter certeza que o animal efetivamente havia falecido no momento do impacto, especialmente em razão do curto espaço de tempo ocorrido entre o atropelamento e o arremesso dele com relação à caçamba", disse a autoridade policial.

Cadela atropelada fugiu de casa

Segundo a Polícia Civil, o atropelamento aconteceu quando a tutora do animal, de 22 anos, estudava na faculdade. Três dos seis cães da família escaparam para a rua.

Dois retornaram, mas o terceiro não. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o caminhão atropelou o cachorro. E, logo em seguida, o funcionário descartou o animal no sistema de compactação.

O que diz a defesa da família?

A advogada Isabella Godoy Danesi, representante da família, afirmou em nota que os tutores ficaram abalados e que adotaram medidas legais contra a empresa. "Estamos tomando todas as providências cabíveis tanto no âmbito cível, criminal e administrativo. Esperamos que a empresa se responsabilize e reveja sua política interna e treinamentos aos funcionários!", finaliza.


Por Samuel Rocha | Catve.com

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