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Motorista que atropelou e matou Cezário Loch permaneceu em silêncio na delegacia

Idoso foi atropelado ao lado da Feira do Produtor


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A Polícia Civil do Paraná, por meio do delegado Pedro Fontana Ribeiro, falou sobre o acidente de trânsito que terminou com a morte de Cezário Loch de 89 anos. Ele foi atropelado na Rua São Paulo, no cruzamento com a Sete de Setembro, perto da Feira do Pequeno Produtor.

Uma testemunha que tentou abordar o condutor do veículo Honda Civic, de cor prata, disse ter registrado a placa do automóvel e repassado a informação à Polícia Militar.

Nesta manhã de terça-feira (18) o motorista de 24 anos se apresentou com a presença do advogado à Delegacia Cidadã, foi ouvido e liberado. Segundo o delegado Pedro Fontana Ribeiro, durante a oitiva, ele não repassou informações.

"Porém quando ele chegou hoje aqui ele se reservou ao direito constitucional em se permanecer em silêncio"

Já com relação ao carro, o veículo continua escondido, mas ele deve ser levado pelo advogado à delegacia para apreensão e encaminhamento à perícia.

Até o momento as equipes da PCPR ouviram duas pessoas, sendo o carona do veículo e a ex-namorada do envolvido que ele entrou em contato após o acidente.

"O carona que estava no carro disse que estava trabalhando em uma distribuidora de bebidas que fica no Santa Felicidade/Rua Rio da Paz. O condutor do veículo chegou lá, tomou algumas doses de bebida e após isso, segundo o depoimento do amigo dele, foi ao carro e ficou dormindo até às 5h da manhã, quando resolveu ir embora. Ai eles saíram da distribuidora e foram em direção à praça para tomar, segundo ele, tomar um café. E nesse caminho acabou ocasionando o atropelamento. Diz ele também que eles estavam na Carlos Gomes o condutor do veículo deu uma acelerada forte no veículo por duas quadras aproximadamente e depois entrou em direção a praça [...] A hora que ele parou para no semáforo o carona desceu e foi até o local onde aconteceu o sinistro e segundo o carona ele pediu para os populares acionarem o socorro. O carona ficou no local, mas o motorista evadiu-se".

Com relação a situação de embriaguez ao volante o delegado explica que precisa da materialidade.

"Não, porque, infelizmente, a embriaguez precisa de prova material, ou seja, ou exame de sangue ou através do etilômetro o que não foi feito". explicou.

Com relação ao dolo do acidente  delegado explica que foi instaurado o inquérito por homicídio doloso

"Eu entendo ali em razão das condições que acorreu o acidente, baseado no depoimento do amigo dele, na forma como houve o atropelamento, na forma que ele fugiu do local, não esperando a perícia e submeter ao etilômetro para ver se ele estava são, eu entendo que houve dolo eventual. Em razão disso eu instaurei inquérito policial por homicídio doloso", afirmou

A Polícia Civil aguarda que a Polícia Militar termine a confecção do BATEU para verificar se alguma testemunha será identificada.

"Como eu disse, pela dinâmica da situação, como ocorreu eu entendo que teve dolo eventual. Além dos crimes de abandonar o local do acidente, omissão de socorro eu também instaurei por dolo eventual, ele vai responder por homicídio doloso. Caso o juiz/promotor entenda o contrário poderá se voltar por homicídio culposo. Mas no caso específico doloso, pena máxima de 30 anos".

Evelyn Antonio | Catve.com

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