De acordo com dados da Polícia Civil, neste ano Cascavel teve dois casos de feminicídio e seis tentativas. Em 2023 foram três feminicídios e duas tentativas do crime. No mês nacional do júri, o Ministério Público tem tratado do assunto com muita atenção.
A lei que trata sobre este crime teve mudanças importantes que foram publicadas no Diário Oficial da União no dia 10 de outubro de 2024 com penas mais severas com mínima de 20 e máxima de 40 anos de prisão.
Estatísticas mostram que no Brasil, duas em cada dez mulheres, ou seja, 21%, já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros românticos. Além disso, seis em cada dez conhecem alguma que vivenciou essa situação. Em ambos os casos, as mulheres negras aparecem em maior número.
Embora 44% das vítimas tenham ficado com muito medo, apenas 30% delas prestaram queixa à polícia e 17% pediram medida protetiva, mecanismo que pode determinar que o agressor fique longe da vítima e seja impedido de ter contato com ela. Esses dados têm relação com outros citados pela pesquisa, o de que duas em cada três mulheres acreditam que os agressores de mulheres permanecem impunes e o de que um quinto apenas acha que acabam na prisão.
Os números são da pesquisa Medo, Ameaça e Risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio, realizada pelo instituto Patrícia Galvão e pela empresa Consulting do Brasil.
Os casos de feminicídio em Cascavel em 2024 tiraram a vida de Adriana Mendes, de 45 anos, morta a facadas. O acusado pelo crime, segundo a polícia, é um homem, de 26 anos, que namorava a mulher há apenas quatro dias. Ele teria saído da penitenciária de Foz do Iguaçu em dezembro de 2022. Segundo a polícia, teve passagens por homicídio, roubo, porte de arma e violência doméstica. O motivo teria sido ciúmes de Adriana.
O outro caso terminou com a morte de Marcia Coelho que também foi esfaqueada, o acusado foi o marido. A mulher morreu na frente da filha no bairro Interlagos. O acusado foi preso quase três meses depois em Manaus, cerca de 3.600 quilômetros de Cascavel, e tinha passagens por violência doméstica.
O julgamento foi em setembro, antes das mudanças da lei.
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