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Polícia Civil fecha canil clandestino e resgata 57 animais no Paraná

Animais comiam comida mofada, viviam em meio a ratos mortos e água de esgoto


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A Polícia Civil de Arapongas, norte do Paraná, fechou um canil clandestino que funcionava em uma casa na cidade. No total, 57 animais foram encontrados em situação de maus-tratos. A operação aconteceu na quarta-feira (30), com apoio da Guarda Municipal. A responsável pelo local foi multada em quase R$ 10 mil.

De acordo com a investigadora Bianca Dal-Cól, responsável pelo caso, uma denúncia foi feita para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Arapongas. O denunciante informou sobre os maus-tratos e revelou que a responsável estaria vendendo os animais na cidade de Londrina, para que não houvesse desconfiança na região em que morava.

Na casa, as autoridades se depararam com um local insalubre. "Além da atividade de vender os animais, havia ali o caso de maus-tratos. No chão havia muitas fezes e urina, sendo que algumas estavam mofadas, indicando que o local estava a dias sem ser limpo. Dezenas de ratos mortos e água de esgoto acumulada em área onde eles [animais] transitavam", informou a investigadora da PC ao TNOnline.

Os 57 animais foram resgatados, passaram por avaliação veterinária e foram encaminhados para lares provisórios. "Todos estavam com muitos carrapatos, comiam ração de baixa qualidade e no local de armazenamento havia ração mofada", conta Bianca. "Três fêmeas estavam com cria recente, sendo que uma delas está internada por causa de uma infecção", acrescenta. A PC de Arapongas instaurou um inquérito e aguarda todos os resultados de exames sobre o estado de saúde dos animais. A Vigilância Sanitária também será acionada para colaborar na investigação do caso.


De gatos a porquinho da Índia e tartarugas

Diversas espécies de animais foram encontradas na casa. Conforme a Polícia Civil, os bichos resgatados são: cinco gatos, duas tartarugas, nove aves, 16 porquinhos da Índia, 16 cães adultos e nove filhotes, além de 16 ovos de faisão. "Não havia comprovação de acompanhamento veterinário e vacinação de todos os animais. A responsável afirmou que ela mesmo fazia a vacinação (o que é proibido) e não tinha o controle", informa a investigadora Bianca.

Além disso, conforme a denúncia feita à Secretaria de Meio Ambiente, os bichos também eram alvo de agressão. "O denunciante também falou que os animais eram constantemente agredidos. Quando os moradores da residência discutiam, eles jogavam os animais na parede e todos eles são extremamente assustados", revelou Dal-Cól.

A suspeita nega que criava os vários animais para venda e afirmou para a polícia que realizava doação. A GM de Arapongas aplicou um Auto de Infração Ambiental no valor de 30 UFAs, que totalizou R$ 9.900,00.


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