O ex-policial penal Jorge Guaranho foi internado após sofrer lesão no braço. O machucado aconteceu dentro da Cadeia Pública Laudemir Neves, por volta das 14h de sexta-feira (5), onde estava detido à disposição da Justiça, depois de ser atendido no hospital Municipal Padre Germano Lauck ele retornou para a prisão na Cadeia Pública Laudemir Neves por volta de 16 horas.
A equipe de defesa se posicionou sobre o caso numa coletiva de imprensa e declarou que ao chegar na cadeia se deparou com a ambulância do Siate o encaminhando ao hospital. "A gente tem plena convicção que a Cadeia não tem a mínima condição de manter o Jorge Guaranho aqui". Ainda mencionam que a preocupação não gira em torno apenas da segurança, mas também da integridade física e da saúde, visto que o detento precisa usar medicamentos diários e necessita de alimentação diferenciada.
O Ministério Público requereu que fosse oficiado ao Coordenador Regional do Deppen de Foz do Iguaçu de maneira imediata sobre as circunstâncias do fato, descrevendo com detalhes as medidas adotadas pelas equipes que atenderam o preso, incluindo informações como o horário da transferência para a unidade hospitalar, se os familiares e a defesa foram informados sobre o ocorrido, entre outras informações pertinentes.
Segundo informado pelo Deppen, o preso ficou ferido após sofrer uma queda durante o banho no interior da cela. Ele foi encaminhado para enfermaria da unidade penal para avaliação e posteriormente foi levado ao Hospital Minicipal Padre Germano Lauck para a realização de exames. Foi constatada a fratura no braço esquerdo e Guaranho retornou para a unidade penal.
Ainda nesta sexta-feira (05), o Juiz de Direito Hugo Michelini Júnior retirou o advogado Cleverson Lins dos autos do processo. Em substituição foi nomeado o Dr. Wilson André Neres, para exercer a defesa do acusado Jorge Guaranho.
Júri
O júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, foi adiado para 2 de maio após a defesa deixar a sessão na manhã desta quinta-feira (4).
Os advogados, que foram constituídos na terça-feira (2) após outro grupo deixar o processo, alegaram a falta de tempo para análise, a inserção tardia de documentos ao processo pelo Minsitério Público, cerceamento de defesa e a falta de localização de uma testemunha.
O juiz Hugo Michelini, no entanto, não acatou o pedido. A recusa fez com que os advogados abandonassem o plenário.
Segundo a Constituição Federal Brasileira, nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será julgado sem a presença dos defensores. Diante desse cenário, o julgamento precisou ser adiado. De acordo com um dos advogados, o Ministério Público do Paraná (MPPR) agiu de má-fé ao anexar os documentos ao processo sem tempo hábil
"Somente 15 horas antes dessa sessão sem as numerações originárias, o que torna esses documentos completamente inúteis para utilização pela defesa", afirma.
Ainda segundo o advogado, a defesa sequer foi informada sobre o horário em que o cliente, Jorge Guaranho, chegou a Foz do Iguaçu. "Tivemos que sair correndo pela cidade de Foz do Iguaçu para localizar o nosso cliente", comenta.
O crime
Motivado por divergências políticas, o crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do guarda municipal antes das últimas eleições presidenciais, em julho de 2022. Jorge Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado.
No julgamento, atuarão os promotores de Justiça titulares do núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 13ª Promotoria de Justiça da comarca, que assina a denúncia criminal.
Duas qualificadoras do crime foram apontadas: o motivo fútil (discussão motivada por divergências políticas); e o perigo comum (pelo fato de o acusado ter atirado contra a vítima em local com outras pessoas, colocando-as em risco).
Redação Catve.com
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642