Foto: Catve
Estudos apontam que a cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil. A violência doméstica é um fenômeno democrático, não faz distinção de classe econômica, raça ou cultura.
É preciso entender que os casos têm quem ser denunciados e saber onde procurar ajuda.
Mayara tem 34 anos e passou 13 anos sofrendo violência doméstica. Há cerca de cinco anos ela conseguiu se livrar das agressões. Separou do homem violento que dividia o mesmo teto e com quem teve três filhos. Ela casou de novo e hoje em dia tem um relacionamento saudável. Mas ela admite que conseguir "a separação" é o principal desafio desse processo.
Desde a Lei Maria da Penha, todas as mulheres do Brasil têm o direito a acessar uma rede de serviços públicos de atendimento e enfrentamento à violência contra as mulheres. A Promotora de Justiça explica que em Cascavel essa rede está bem fortalecida.
Recentemente dois casos de violência doméstica chamaram a atenção na região do Paraná. Um deles se transformou em feminicídio no dia 18 de março. Em Toledo, Gabrielle de Lima Rodrigues, uma professora da rede municipal, foi assassinada pelo ex-companheiro, que ainda matou o pai dela, que também estava na casa, e tentou tirar a própria vida. Gabrielle, que tinha acabado de completar 34 anos, no dia 10 de março, foi vítima de feminicídio na frente dos próprios filhos, de três e onze anos. A mulher já tinha medida protetiva.
Em Cascavel, a Patrulha Maria da Penha atende denúncias de violência doméstica, mas o número de equipes é insuficiente. São quatro equipes, cada um com dois guardas, que trabalham 24 horas por dia. A prioridade é sempre de quem já tem medida protetiva.
Sob fiscalização da Patrulha Maria da Penha e Guarda Municipal tem 1.750 processos ativos, e desde a criação da Patrulha, em 2018, nunca uma mulher com medida protetiva sofreu feminicídio.
Outro caso que repercutiu bastante foi o de uma mulher mantida em cárcere privado pelo marido no Cascavel Velho, em Cascavel. Ela foi agredida e sofreu ameaça de morte. O homem foi preso pela Polícia Militar depois que a mãe da vítima acionou as autoridades.
Qualquer caso de violência doméstica pode ser denunciado pelos telefones 153 ou 190 ou direto na Delegacia da Mulher, que fica na rua Presidente Kennedy esquina com a rua Castro Alves).
Confira os detalhes no vídeo:
JC
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