Policial

Núcleo de organização criminosa é família de Toledo

Dois policiais foram presos na ação e um empresário está foragido


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A Promotora de Justiça Juliana Vanessa Stofela da Costa, falou sobre Operação Pôr do Sol desencadeada em Cascavel, Toledo, Medianeira, no Paraná e e Várzea Grande no Mato Grosso.

Foram expedidos 43 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva. Dos de prisão foram cumpridos sete, sendo que um empresário ainda está foragido.

Dentre as ordens judiciais estavam duas contra policiais militares suspeitos de corrupção para proteção dos interesses no grupo. Eles foram localizados e encaminhados ao 29° Batalhão de Polícia Militar em Curitiba.

Segundo o MPPR, os policiais eram de Toledo, um deles lotado no BPFron (Batalhão de Polícia Militar de Fronteira) e o outro em Toledo mesmo.

As investigações tiveram início em 2022, pelo Gaeco de Cascavel, a partir do recebimento de informação de que o grupo teria recepcionado uma carga de painéis solares roubados em Minas Gerais.

A organização disfarçava a origem dos valores obtidos com as atividades ilícitas utilizando contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para a realização de transferências fracionadas feitas sucessivamente até que se chegasse à liderança da organização. De acordo com o apurado, a organização teria movimentado mais de R$ 140 milhões, entre créditos e débitos, entre janeiro de 2020 e agosto de 2023.

A promotora explica que ao longo das investigações foi apurado como agia o grupo criminoso. Havia o tráfico de drogas de grande quantidade de maconha para outros estados, sobretudo para o Rio de Janeiro.

Conforme informado, houve uma carga de um alvo que foi preso em flagrante que está preso ela seria destinada a uma facção criminoso.

A promotora também informou que a base da organização criminosa era em Toledo, no Oeste do Paraná. Juliana Vanessa Stofela da Costa disse que empresários foram alvos, pois o grupo fazia lavagem de dinheiro utilizando pessoas físicas e jurídicas de outros estados.

Segundo informado, os veículos utilizados na prática criminosa eram deles, porém registrados em nomes de terceiros, além de outros produtos de furto/roubo/clonados/placas adulteradas.

POLICIAIS

Conforme a promotora, os policiais surgiram mais no final das investigações e teriam recebido veículos e dinheiro provenientes desse grupo para que deixassem de realizar investigações para localizar cargas de entorpecentes.

O transporte das drogas era feito por meio de caminhões frigoríficos em meio a carga de carnes.

FAMÍLIA DE TOLEDO

Segundo informado, a organização era liderada por família de Toledo e havia seis pessoas mais próximas à liderança que auxiliavam no armazenamento, transporte, logística e batedores.

APREENSÕES

  • Documentos,
  • Sete veículos,
  • R$ 53 mil em dinheiro,
  • R$ 31 mil em cheques,
  • Aparelhos celulares e
  • Computadores.

O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR?

Em nota, a Polícia Militar afirmou que está cooperando com as autoridades competentes que conduzem a investigação criminal do caso e repudiou comportamentos contrários à lei, ordem e ética. Confira o comunicado na íntegra logo abaixo.

"A Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná cumpriu na manha desta terça-feira (20) dois mandados de prisão contra militares estaduais na cidade de Toledo, oriundos de investigação do GAECO.

A PMPR está cooperando com as autoridades competentes que conduzem a investigação criminal do caso. A PMPR reitera seu compromisso inabalável com a lei. a ordem e a ética, e repudia veementemente qualquer comportamento contrário a esses princípios.

Ações ilegais cometidas por militares estaduais não refletem os valores e o profissionalismo da corporação, que se dedica diuturnamente à proteção e ao bem-estar da população paranaense, na preservação da ordem pública e manutenção da paz social.

A instituição apurará com rigidez e transparência a conduta sob o prisma da administração militar, me ante instauração de processo administrativo, na forma da lei em vigor".

Redação Catve.com

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