Imagem Reprodução Redes Sociais
Dois homens foram alvo de tortura dentro de destacamento da Polícia Militar em Matelândia, no oeste do Paraná. Segundo a corporação, um policial foi afastado, no domingo (21), após as imagens viralizarem na internet. Outros dois já haviam sido condenados.
No primeiro vídeo, é possível ver a vítima privada de liberdade algemada e com uma luva cirúrgica cobrindo o rosto. Nesse meio-tempo, o policial segura a cabeça do homem e, na sequência, acerta o tapa contra o rosto dele. Por fim, a luva é removida e outra pessoa pergunta: "gostou do saco?".
Segundo a Polícia Militar, os registros são de abril de 2017, e a corporação recebeu as imagens em 2019. Dois servidores envolvidos foram expulsos e responderam processos criminais.
O agressor pediu baixa da PM em junho de 2019, respondeu inquérito e foi condenado a três anos e oito meses de reclusão por tortura. O homem que filmou o vídeo foi expulso da corporação e condenado a um ano e seis meses de prisão.
Jovem torturado com bastão
No segundo registro, na mesma sala do vídeo anterior, é possível ver quatro homens perto da parede e o agente de segurança. O policial pegou uma espécie de vara e golpeou a vítima, tentou se esquivar das agressões.
Mas o militar pede para ele não retirar o pé: "se não vai na cara". Depois, um soldado sorri e ajuda o colega, segurando a perna da vítima. Foram pelo menos nove golpes. Também é possível ouvir o rapaz chorando.
Em nota, a instituição disse que não sabia do fato antes da divulgação das imagens nas redes sociais. Após análise da Diretoria de Inteligência, constatou-se que o caso ocorreu, provavelmente, em abril de 2017.
O soldado que desferiu os golpes e o que filmou são os mesmos do primeiro vídeo. O que aparece sorrindo era um policial militar do serviço ativo, sem envolvimento com o primeiro episódio de tortura. Ele foi afastado das funções e responderá a um Inquérito Policial Militar (IPM).
Polícia Militar e Ministério Público
Ainda em nota, a Polícia Militar do Paraná afirmou repudiar comportamentos contrários aos direitos humanos, à lei, à ordem e à ética.
"A ação ilegal e isolada de um militar estadual não reflete os valores e o profissionalismo da Corporação, que se dedica diuturnamente à proteção e ao bem-estar da população paranaense".
O Ministério Público afirmou que serão adotadas medidas necessárias para o esclarecimento e eventual responsabilização dos envolvidos.
Redação Catve.com
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