Dos oito ovos apreendidos no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, cinco eclodiram e nasceram aves do grupo dos tucanos, ou seja, ranfastídeos, mas ainda não é possível indicar de qual 37 espécies fazem parte. A apreensão aconteceu na sexta-feira (13), quando a Polícia Federal encontrou os ovos nas roupas íntimas de uma passageira de um voo internacional. Dois ovos ainda estão na incubadora e as equipes aguardam os nascimentos para fazer a identificação.
"Inicialmente, não foi possível nossa equipe confirmar a identificação da espécie de ave responsável pela postura dos ovos, nem mesmo determinar se tratavam-se de ovos de uma mesma espécie. Após os procedimentos primários de higienização e exames de ovoscopia e avaliação de batimento cardíaco embrionário, os ovos seguiram para uma incubadora para manter níveis controlados de temperatura e umidade. Assim, na quarta, 18 de outubro, o primeiro dos ovos eclodiu, nascendo um filhote identificado como um animal do grupo dos ranfastídeos, ordem na qual são encontrados aves como os tucanos e os araçaris. Em 19 de outubro nasceram mais três e no dia 20 nasceu mais um. Até o momento já são 5 filhotes de ranfastídeos e temos outros 2 ovos sendo incubados", comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.
Os ovos e os filhotes recém-nascidos estão sob os cuidados intensivos da equipe técnica na quarentena do Parque das Aves. Pelo fato de o período de incubação ter sido interrompido, esse é um momento que exige muita atenção pelo fato dos filhotes encontrarem-se em seus primeiros dias de vida.
"Entre as diversas atribuições do Parque das Aves, uma delas é dar um tratamento digno aos animais que ficam sob nossa tutela, e ficamos honrados pela confiança nesse momento crítico de dar toda a assistência para o recebimento desses ovos, que tiveram uma segunda chance graças à ação da PF. Além disso, buscamos sempre contribuir na redução dos impactos negativos e desastrosos de práticas tão prejudiciais para a fauna e flora dos nossos ecossistemas", conclui Paloma.
A PF ressalta que o transporte de ovos sem a devida autorização configura o crime de tráfico de animais silvestres, concorrendo com as mesmas penas de quem mata, persegue, caça, apanha, utiliza e vende espécimes da fauna. Qualquer informação sobre a retirada de animais de seu habitat natural para venda pode ser denunciado em nosso disque-denúncia, pelo telefone 181, com a garantia de sigilo e anonimato.
Assessoria
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